
Ciro Gomes, Cid Gomes e Camilo Santana
*ARTIGO PUBLICADO NO ESPAÇO CARIRI EM 09/03/2023
FRANCISCO CARTAXO MELO,
Aposentado como professor da UECE e como Analista de Planejamento Seplag/Iplance Consultor organizacional FLACSO (Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais)
Ciro Gomes e seus “mui amigos”
O que tenciona, hoje, (09/03/2023) a relação entre Ciro Gomes, o irmão Cid (PDT) e Camilo Santana (PT), poderemos dizer que é um conflito político há muito anunciado; pois, enquanto Ciro se desdobrava para ascender à presidência da república, o jogo político no Ceará, às sombras, cristianizava sua candidatura a presidente. Tem a ver com o mimetismo partidário, as atitudes políticas camaleônicas, as mudanças seguidas de siglas (Temos que admitir que o convívio com direções partidárias nacionais: donos de partido, chefões, coronéis que em regra traem compromissos ou negociam por baixo dos panos) partidárias, mesmo que isso tenha lhe rendido cargos importantes: pelas mãos de Tasso Jereissati (PSDB) foi prefeito e governador, e ministro pelo PT; além do mais, a volatilidade partidária lhe valeu críticas acirradas, de grande parte da sociedade cearense. Ao mudar de partido Ciro deixa para trás, a partir de premissas, talvez, pactuadas, correligionários, como um contraforte que lhe prestaria adjutório no momento de suas candidaturas. Todavia, o que tem acontecido é que seus excorreligionários se adaptam a nova agremiação política e a ela se apegam e pulam fora do guarda-chuva político cirista, passam, assim, a agir de moto próprio. Foi o que ocorreu com o vice de Cid, Domingos Filho (PSD), Camilo Santana (PT), Izolda Cela (ex-PDT), Evandro Leitão (um quase ex-PDT), entres outros que, simplesmente, declinaram da liderança de Ciro Gomes, em busca do poder do momento. (com o irmão Cid)
No atual cenário político em que acontece uma guerra intestina na cúpula pedetista, esperar o que, das futuras decisões políticas de Guilherme Landim, (atual líder da SIGLA (PDT) na Assembleia), ao usar a tribuna, há poucos dias, disse para o colega Evandro leitão, sainte do PDT: “Quero me solidarizar com Vossa Excelência, por tudo que vem sofrendo ao longo de todo esse tempo e dizer da minha decepção com o partido” (PDT), disse. Landim afirmou estar “triste” e “incomodado” não apenas pela situação de Evandro Leitão no PDT, mas também sobre a forma como a Executiva Nacional tem tratado a presidência interina do senador Cid Gomes no diretório do Ceará” DN). É um recado duro da banda pedetista, aliada de Cid, a direção nacional do partido (e a Ciro). Tudo isso, sinaliza uma debandada de pedetistas para uma sigla partidária que glorifique Cid Gomes e o deixe à vontade para se aliar ao PT cearense.
Quanto a Ciro, o Ceará desaprova seu temperamento irascível, sua veemência tempestiva, todavia podemos dizer sobre Ciro Gomes, o que Breno Silveira escreveu no prefácio dos ANAIS, sobre TÁCITO, (historiador, orador e político romano): “como qualquer homem, TÁCITO, (CIRO GOMES) deve ter cometido erros e perpetrado contradições, e que, como todos os gênios, por vezes se deixou conduzir mais pelos impulsos pessoais do que pela sã razão”. Essa é, indiscutivelmente, uma descrição literal do político Ciro, que jamais como gestor público se desviou dos deveres republicanos, ciente de suas obrigações, honrado em seus compromissos, um HOMEM PÚBLICO PROBO, em uma república de pandilheiros.

Ciro Gomes pode deixar o PDT e a articulação já está em andamento
Escrito por Inácio Aguiar | 07/05/2025
Ex-ministro se reuniu com oposição na Assembleia e revelou convite de Tasso Jereissati para se filiar ao novo partido que resultará da fusão entre PSDB e Podemos”. (DN)
Temos que admitir que o convívio com direções partidárias nacionais: donos de partido, chefões, coronéis que em regra traem compromissos ou negociam por baixo dos panos apoios que políticos com dignidade e decência não suportam. Foi sempre o que Ciro combateu e combate, contudo aos amigos que nunca lhe faltaram permanece amigo e fiel, é ocaso de Tasso. (CARTAXO MELO)*