
Foto: Reuters/Reprodução
Neste último 11 de março registramos 5 anos em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou o mundo que estávamos sob uma pandemia. Passado esse tempo registramos mais de 700 mil mortes no Brasil e outros milhões mundo afora. Por conta da subnotificação há quem defenda que morreram mais de 15 milhões no mundo e mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. Naquele momento, o Brasil era governado por um negacionista que preferiu mentir e usar seu governo para atrapalhar prefeitos e governadores que estavam de forma correta combatendo o vírus. Não podemos esquecer as mentiras e desleixo do ex-presidente.
A pandemia de Covid 19 que assolou o Brasil e o mundo pegou a todos muito desprevenidos. Governos e os povos do mundo inteiro tentaram reagir a um problema que sabíamos que podia acontecer, mas que ninguém se preparou. Entretanto, as reações dos governos variaram muito. Na época o Brasil vivia sob o comando de Jair Bolsonaro (PL) um político negacionista, com pouca empatia pelo sofrimento da sociedade brasileira naquele momento.
Se o então presidente fosse apenas um tosco, mas que soubesse ouvir conselhos de cientistas e especialistas em vacinas e médicos, talvez a história das mortes do Brasil pudesse ter sido outra. Mas não foi bem assim.
Além de colocar todo o seu governo contra medidas efetivas de combate ao vírus da Covid 19, Bolsonaro apelou. Mentiu em lives e em entrevistas públicas, colocou seu governo no campo da desinformação, atrapalhou as medidas corretas de combate ao vírus, e achando pouco todo o arsenal de mentiras que seus seguidores espalhavam em redes sociais contra medidas como o distanciamento social, simulou falta de ar durante um live aos seus seguidores negacionistas.
Cometeu todo tipo de crime em plena pandemia. E ainda utilizou toda a força de seu governo e propagandistas para atacar quem queria resolver o problema. Não quis investir na saúde da população e seu governo ainda foi pego em esquema de corrupção em plena pandemia.
A sua gestão na saúde é marcada pela tentativa de desmontar o Sistema Único de Saúde (SUS), desmontar o setor de vacinação da saúde pública brasileira. E destruir o SUS, uma conquista da sociedade brasileira na Constituição de 1988.
O esquema de uma dose um dólar no Ministério da Saúde foi denunciado por um parlamentar de sua própria base política. Mais ainda, apenas comprou vacinas quando a CPI da Covid no Senado avançou e começou a apurar seus crimes e de seu governo. O relatório final identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Foram apontados ainda crimes cometidos por duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog. Renan não poupou o então presidente Jair Bolsonaro, que foi acusado formalmente de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
As mentiras de Bolsonaro na pandemia foram variadas.
Afirmou que “a maioria das pessoas é imune ao vírus” e defendeu a “imunidade de rebanho”.
Criticou o isolamento social para justificar a crise econômica, chamou a medida de “errada” e disse que não servia para combater a pandemia.
Distorceu falas do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, que, segundo ele, “não apoiou o lockdown”.
Criticou uso de máscaras ao dizer que “reduziram a oxigenação” e sugeriu que causariam pneumonia bacteriana.
Jair Bolsonaro não só mentiu sobre as mortes causadas pela doença, mas também insistiu na indicação de medicamentos ineficazes —como ivermectina, nitazoxanida, cloroquina, azitromicina, proxalutamida e o suposto tratamento precoce.
Segundo Bolsonaro, o Paxlovid, da Pfizer, e o Evusheld, da Astrazeneca, têm o mesmo mecanismo de ação que a ivermectina, o que é falso. O presidente também mentiu ao tratar dois sprays nasais diferentes como se fossem os mesmos. No entanto, um deles é uma vacina em desenvolvimento e o outro, um spray israelense sem eficácia comprovada que ele quis comprar.
O então presidente Bolsonaro chegou ao ponto de afirmar, em outubro de 2021, que o imunizante contra covid-19 causaria Aids, o que é falso. Mentiras de Bolsonaro durante a pandemia simplesmente não faltaram.
Fonte: site do Senado Federal e site UOL.