23 de dezembro de 2024
Disparada do dólar é especulação, diz líder no Senado

Jaques Wagner (Foto: Pedro França/Agência Senado)

“Na minha opinião, está com duplo interesse: especulação de um lado e drenar reserva do outro. Eu não jogaria fora a reserva”, disse Jaques Wagner.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), usou a sessão desta quarta-feira (17) para criticar a alta do dólar, que chegou a R$ 6,20 por volta de meio-dia, e a atuação do mercado financeiro. Segundo o Metrópoles, o senador afirmou que a valorização da moeda estadunidense é fruto de “uma especulação em altíssimo grau. Não acho que é tão simples você controlar o mercado. Depende muito mais da maturidade dos agentes financeiros”.

Em seguida, Wagner comentou as intervenções realizadas pelo Banco Central (BC), que tem vendido reservas para tentar estabilizar o câmbio. O senador demonstrou uma postura contrária a essas ações, sugerindo que, se estivesse no lugar da autoridade monetária, não venderia mais reservas internacionais.

“Eu não sou o Banco Central. Eu nem faria mais intervenção. Porque está claro. Na minha opinião, está com duplo interesse: especulação de um lado e drenar reserva do outro. Eu não jogaria fora a reserva. Eu por mim não venderia mais, porque na verdade quanto mais você está drenando sua reserva mais frágil você está perante a especulação”, afirmou.

Desde sexta-feira (13), o Banco Central tem intensificado as intervenções no mercado de câmbio, com a venda de US$ 845 milhões. Na segunda-feira (16), a autoridade monetária fez uma nova oferta, de US$ 1,63 bilhão, e na manhã desta terça-feira (17), ocorreu um novo leilão extraordinário de dólares no mercado à vista. O BC informou que aceitou sete propostas que totalizaram a venda de US$ 1,272 bilhão, à taxa de R$ 6,1005.

Com informações do Brasil 247.

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