O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Jr. revelou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que Jair Bolsonaro perguntou ao ex-advogado-geral da União Bruno Bianco se “haveria algum ato que se poderia fazer contra o resultado das eleições” de 2022. O sigilo do depoimento foi levantado nesta sexta-feira (15) pelo ministro Alexandre de Moraes.
Baptista Jr. e Freire Gomes resistiram às investidas de Bolsonaro e seus aliados para embarcarem em uma trama golpista, segundo os investigadores. Contudo, há avaliação se houve omissão por parte de ambos, que teriam conhecimento do plano e não adotaram uma atitude mais firme para impedir a trama.
Bolsonaro enfrenta condenações e investigações por ataques ao sistema eleitoral e outros crimes, estando inelegível até pelo menos 2030. Entretanto, caso seja processado e condenado pelos delitos de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ser declarado inelegível por mais de três décadas.
Baptista Jr. afirmou que o golpe só não foi consumado porque o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, não concordou em levar o plano adiante. (Com informações do G1).
Fonte: Brasil 247