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O livro “O Homem de Giz” é um thriller psicológico e de mistério que se alterna entre passado e presente, envolvendo amizade, segredos sombrios e um assassinato não resolvido. A trama gira em torno de Eddie Adams, um homem de 42 anos que vive assombrado pelos acontecimentos de sua infância na pequena cidade inglesa de Anderbury.
Em 1986, Eddie e seus amigos – Gav, Mickey, Hoppo e Nicky – criam um sistema secreto de comunicação usando desenhos de homens-palito feitos com giz. Tudo parecia um jogo inocente até que um desses desenhos leva o grupo até o local onde encontram o corpo mutilado de uma menina desaparecida.
Trinta anos depois, Eddie leva uma vida tranquila até que recebe uma carta com um desenho de giz idêntico ao que usavam na infância. A partir daí, memórias e segredos vêm à tona, e ele se vê forçado a investigar o que realmente aconteceu naquele verão. A narrativa alterna os capítulos entre 1986 e 2016, revelando aos poucos os traumas, as culpas e os pecados enterrados no passado.
O Homem de Giz explora temas como culpa, repressão, infância corrompida e o poder destrutivo dos segredos. O clima sombrio, as reviravoltas e o desfecho impactante fazem da obra um suspense envolvente que prende o leitor até a última página.
A AUTORA E SUAS INFLUÊNCIAS
A escritora C. J. Tudor consolidou-se como uma das principais autoras do thriller psicológico moderno, com obras que transitam entre o mistério, o terror psicológico e o drama humano. Seu estilo é marcado por uma narrativa ágil e sombria, repleta de reviravoltas, atmosfera inquietante e uma exploração profunda dos traumas do passado e das sombras da mente humana.
Os livros de Tudor geralmente giram em torno de personagens que enfrentam eventos traumáticos, muitas vezes ligados à infância ou adolescência, que retornam à vida adulta com consequências perturbadoras.
Tudor costuma usar a narrativa não linear, alternando entre diferentes épocas — geralmente o passado e o presente — para construir o mistério e manter o leitor em constante estado de dúvida. Seu texto é direto, com descrições vívidas e diálogos realistas, mantendo um ritmo envolvente. Ela também cria protagonistas imperfeitos, muitas vezes marcados por culpa, solidão ou obsessões, o que os torna humanos e críveis.
Tudor é frequentemente comparada a Stephen King, tanto pelo clima de tensão psicológica quanto pelo retrato de infância corrompida e o mal escondido em comunidades aparentemente normais. Ela também bebe da fonte do noir britânico e da tradição do suspense clássico.
- J. Tudor tem renovado o gênero do suspense ao injetar elementos psicológicos, dilemas morais e narrativas estruturadas com precisão. Suas obras agradam tanto fãs de suspense mais tradicional quanto leitores que buscam histórias com densidade emocional e questionamentos éticos.