
© European Space Agency/Divulgação
Um asteroide recém-descoberto, batizado de 2024 YR4, está sob monitoramento de agências espaciais por apresentar risco, ainda que remoto, de colisão com a Terra nos próximos anos. Com deslocamento de 62 mil quilômetros por hora e diâmetro estimado entre 53 e 67 metros, o objeto pode se aproximar perigosamente do planeta em 2032.
Caso o impacto aconteça, o resultado seria devastador: a formação de uma cratera de até 34 quilômetros e a liberação de energia equivalente a 500 bombas atômicas. Ainda assim, o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), ligado à NASA, revisou a probabilidade de colisão para menos de 1%.
Atualmente, o risco de o asteroide atingir a Lua é considerado superior, estimado em 3,8%. Cientistas permanecem atentos, já que fatores gravitacionais e fenômenos espaciais podem alterar a trajetória do 2024 YR4, tornando qualquer previsão mais complexa.
Embora eventos desse tipo sejam raros, o histórico geológico da Terra registra a ocorrência de impactos significativos. Estatísticas apontam que objetos de aproximadamente 25 metros atingem o planeta em média a cada 10 anos, enquanto colisões com asteroides do porte do 2024 YR4 são esperadas entre intervalos de 500 mil a 1 milhão de anos.
As consequências de um impacto dessa magnitude iriam além da destruição local, podendo causar incêndios de grandes proporções, tsunamis e alterações temporárias no clima global, fenômeno conhecido como inverno de impacto.
Para minimizar riscos futuros, programas de monitoramento como o Sentry, da NASA, e sistemas da Agência Espacial Europeia rastreiam constantemente corpos celestes que possam representar ameaça à Terra. Projetos de defesa planetária também estão em desenvolvimento, como a missão DART, que já demonstrou ser possível alterar a trajetória de um asteroide por meio de uma colisão controlada.
O acompanhamento constante desses objetos é essencial para antecipar riscos e desenvolver estratégias que protejam a vida no planeta diante de potenciais ameaças vindas do espaço.
Fonte: R7 Notícias