23 de abril de 2025
Funeral do Papa Francisco será no sábado (26), diz Vaticano

Legenda: Corpo do papa será levado à Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (23) | © ANDREAS SOLARO/AFP

funeral do papa Francisco acontecerá no sábado (26), mas os fiéis poderão dar seu último adeus ao primeiro pontífice latinoamericano a partir desta quarta-feira (23), na Basílica de São Pedro. O anúncio foi feito pelo Vaticano nesta terça (22).

A missa fúnebre será celebrada às 10h pelo horário local (5h pelo horário de Brasília), na praça de São Pedro, localizada diante da basílica onde o jesuíta argentino fez a última aparição pública, no Domingo de Páscoa (20).

O caixão com o corpo de Francisco permanece na capela da residência de Santa Marta, onde ele faleceu na segunda-feira (21) aos 88 anos, vítima de um AVC quase um mês depois de receber alta de uma longa hospitalização por problemas respiratórios.

O Vaticano publicou as primeiras imagens oficiais do corpo de Jorge Mario Bergoglio dentro do caixão. O papa está vestido com uma casula vermelha e mitra branca, segurando um rosário entre as mãos, e é escoltado por dois guardas suíços.

Veja imagens do papa no caixão:

 

Ritos do funeral

Conforme o Vaticano, nesta quarta-feira, às 9 horas pelo horário local, o corpo do papa será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo camerlengo cardeal Kevin Joseph Farrell.

A procissão seguirá pela praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, entrando na basílica pela porta central. No local, o camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra. Na sequência, a visitação será aberta ao público.

Ao contrário dos antecessores imediatos, Francisco escolheu a basílica de Santa Maria Maggiore de Roma como local de sepulcro, com uma lápide “simples”, com apenas uma palavra: “Franciscus”, seu nome de papa em latim.

Chefes de Estado irão ao funeral

Segundo a imprensa italiana, meio milhão de fiéis são esperados para o funeral, assim como chefes de Estado e monarcas de todo o mundo.

O presidente americano, Donald Trump, confirmou presença, assim como o francês, Emmanuel Macron, e o ucraniano, Volodimir Zelensky. “Estamos ansiosos para estarmos lá!”, afirmou Trump.

Homenagens ao Papa Francisco

Apesar do estado de saúde frágil desde sua hospitalização, em 14 de fevereiro, para tratar uma bronquite que avançou para pneumonia bilateral, a morte de Francisco pegou a Igreja Católica de surpresa.

Na manhã desta terça, centenas de jornalistas de todo o mundo começaram a chegar ao Vaticano, onde a polícia controla o acesso de turistas e fiéis à Praça de São Pedro.

A morte ativou a contagem regressiva para a escolha do sucessor. O conclave para eleger o novo sumo pontífice deve começar em um prazo de 15 a 20 dias. Mais de dois terços dos 135 cardeais eleitores foram nomeados por Francisco.

Antes da eleição, as homenagens prosseguem em todo o mundo para o papa “revolucionário”, segundo o jornal britânico The Guardian, que se dedicou sem descanso à defesa dos migrantes, do meio ambiente e da justiça social, com um estilo austero e humilde.

“Obrigado por tornar o mundo um lugar melhor. Vamos sentir sua falta”, escreveu em sua conta no Instagram o astro do futebol argentino Lionel Messi, sobre o compatriota, um fã do esporte mais popular do planeta e membro honorário do clube San Lorenzo.

“O papa dos últimos”, afirma a imprensa italiana nesta terça-feira, em referência à dedicação de Francisco aos mais desfavorecidos e ao trecho da Bíblia que afirma que “os últimos serão os primeiros no reino dos céus”.

“Ele nos encorajou muito, os migrantes, porque dava palavras de incentivo a todos nós que deixamos nossos países”, declarou à AFP Marisela Guerrero, uma venezuelana de 45 anos que migrou para o Chile há alguns meses.

Embora durante o pontificado, iniciado em março de 2013, não tenha questionado posições conservadoras da Igreja em temas como o aborto ou o celibato dos padres, seu estilo próximo ofuscou a oposição conservadora por sua suposta falta de ortodoxia.

Além do fervor popular, o ex-arcebispo de Buenos Aires deixa um legado marcado pela luta contra a pedofilia na Igreja, o estímulo ao papel das mulheres e leigos e por advogar pelo diálogo entre religiões, entre outros.

Fonte: Diário do Nordeste

 

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