O jornalista Ricardo Noblat, colunista do Metrópoles, denuncia um movimento etarista contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição em 2026. De acordo com a análise de Noblat, adversários políticos buscam fragilizar Lula através de comparações indevidas com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltando diferenças significativas entre os dois líderes.
Desde que retornou a Brasília após receber alta hospitalar em São Paulo, o ex-presidente Lula tem compartilhado detalhadamente os acontecimentos de um acidente doméstico. Conforme relatado pela assessoria de Lula, ele descreveu a queda no banheiro enquanto cortava as unhas, seguida de uma dor de cabeça persistente por quatro dias, que levou à descoberta de uma hemorragia cerebral.
Noblat enfatiza que, assim como a eleição de Lula foi decidida por um triz, sua sobrevivência também esteve por um fio. “A queda não foi devido à idade, como alguns adversários políticos afirmam. Foi um acidente que qualquer pessoa poderia sofrer”, declarou Lula em suas entrevistas recentes. Parte da responsabilidade, segundo ele, foi adiar a realização de uma ressonância magnética no Sírio-Libanês em Brasília, exame que poderia ter identificado o sangramento a tempo para um tratamento imediato.
A reportagem de Noblat destaca que, no momento da queda, a equipe médica do Sírio de São Paulo conseguiu deslocar-se a Brasília a tempo de socorrer Lula. No entanto, a viagem subsequente a São Paulo foi arriscada devido ao estado de saúde do ex-presidente, que já apresentava distúrbios na fala e suspeitas de AVC. Dr. Roberto Kalil, médico responsável pelo tratamento de Lula e que o empossou na presidência pela segunda vez, comentou: “Na medicina, nada é impossível. O medo da morte pode persistir, mas com o tempo, a recuperação é possível”.
Em uma tentativa de deslegitimar Lula, alguns adversários políticos têm comparado sua situação à do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Noblat menciona que, embora Biden tenha enfrentado tropeços públicos, como quedas dentro da Casa Branca e ao subir escadas de avião, essas situações não o impediram de continuar sua trajetória política. “Lula não está senil, garantem os médicos, e está apto para seguir sua carreira política”, diz Noblat.
Especialistas afirmam que tais comparações são inadequadas e visam apenas desestabilizar a imagem do líder brasileiro em vista das próximas eleições de 2026. “Transformar Lula em uma versão tropical de Biden é uma estratégia clara para minar sua credibilidade”, conclui Noblat. A estratégia de associar Lula a Biden, segundo a análise, é uma tentativa evidente de enfraquecê-lo politicamente, ignorando as particularidades e a resiliência do ex-presidente.
Com informações do Brasil 247.