23 de novembro de 2024
Grupo que planejava matar Moraes usava codinomes de seleções

Foto: Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

Um relatório da Polícia Federal (PF) revela que membros da tropa de elite do Exército Brasileiro, conhecidos como “Kids Pretos”, utilizaram o grupo de mensagens intitulado “Copa 2022” para planejar possíveis ações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi utilizada como base para a operação realizada na manhã desta terça-feira (19). Com informações da CNN Brasil.

Os eventos ocorreram após as eleições presidenciais de 2022, durante a Copa do Mundo de Futebol Masculino no Catar. Segundo a PF, as mensagens no grupo sugerem que os envolvidos estavam estrategicamente posicionados em locais específicos para, possivelmente, executar ações direcionadas ao ministro do STF.

No grupo “Copa 2022”, os participantes utilizavam codinomes para se comunicar. Em uma mensagem enviada em 15 de dezembro de 2022, às 20h33, uma pessoa identificada como “Brasil” compartilhou: “Estacionamento em frente ao Gibão Carne de Sol. Estacionamento da troca da primeira vez”.

Na sequência, “Brasil” questiona qual atitude deveria ser tomada. O usuário “teixeiralafaiete230”, apontado pela PF como líder do grupo, pede que aguardem instruções. Às 20h47, Rafael de Oliveira, tenente-coronel do Exército Brasileiro preso preventivamente nesta manhã, envia uma mensagem utilizando o codinome “Diogo Bast”: “Estou na posição”.

Alexandre de Moraes fazendo careta, sem olhar para a câmera
Ministro Alexandre de Moraes – Divulgação

Minutos depois, outro integrante identificado como “Áustria” informa que está a caminho e pergunta pela localização de “Gana”, mas não recebe resposta.

Conforme o diálogo avança, o líder “teixeiralafaiete230” compartilha um print de uma notícia sobre o adiamento da votação do orçamento secreto pelo STF. Às 20h57, “Áustria” questiona: “Tô perto da posição. Vai cancelar o jogo?”.

A resposta chega logo depois: “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda…”

A Polícia Federal refez os trajetos mencionados nas mensagens e concluiu que o indivíduo identificado como “Gana” estava nas proximidades da residência funcional de Alexandre de Moraes. O relatório aponta que ele possivelmente evitou o uso de aplicativos de transporte para não deixar registros de sua localização.

Com informações de Diário do Centro do Mundo.

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