22 de novembro de 2024
Sete deputados cearenses apoiam redução da jornada

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Até o início da tarde desta terça-feira (12), apenas oito dos 22 deputados federais cearenses assinaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para extinguir a jornada 6×1 (confira lista abaixo). A possibilidade do fim da jornada de trabalho de seis dias vem gerando embate no parlamento e nas redes sociais. O tema passou a ser discutido após a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) apresentar a proposta que, para ser apreciada, precisará do apoio de 171 parlamentares – um terço dos deputados.

Confira os deputados que já votaram favoráveis à PEC:

  • André Figueiredo (PDT)
  • Célio Studart (PSD)
  • Domingos Neto (PSD)
  • Idilvan Alencar (PDT)
  • José Airton Cirilo (PT)
  • José Guimarães (PT)
  • Luizianne Lins (PT)
  • Moses Rodrigues (União Brasil)

Ainda não votaram:

  • Aj Albuquerque (PP);
  • Danilo Forte (União Brasil);
  • Dayany Bittencourt (União Brasil);
  • Dr. Jaziel (PL);
  • Dra. Mayra Pinheiro (PL)*
  • Eduardo Bismarck (PDT);
  • Eunício Oliveira (MDB);
  • Fernanda Pessoa (União Brasil);
  • Luiz Gastão (PSD)
  • Matheus Noronha (PL);
  • Mauro Filho (PDT);
  • Robério Monteiro (PDT);
  • Tadeu Oliveira (PL)**;
  • Yury Do Paredão (MDB).

Mayra Pinheiro é suplente do deputado federal André Fernandes (PL), que está licenciado. Tadeu Oliveira, por sua vez, é suplente do deputado federal Júnior Mano, que foi expulso do PL e está licenciado.

O deputado Eduardo Bismarck se comprometeu a se posicionar ainda nesta terça-feira. “Aguardem meu posicionamento ainda hoje aqui nas redes sociais”, disse.

ENTENDA

A proposta teve origem com o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro, Rick Azevedo (Psol). Até o momento, 1,3 milhões de assinaturas da petição online já foram aderidas com o intuito de pressionar os parlamentares para a extinção da escala 6×1. No formato, a pessoa trabalha seis dias por semana, com folga em apenas um dia, desde que não ultrapasse 44h semanais.

Neste fim de semana, o debate rompeu as paredes do Congresso Nacional, ganhando destaque na rede social X, o antigo Twitter. Erika, aliás, também tem se engajado nas suas redes, com o intuito de trazer a população para o debate e, assim, gerar pressão para a assinatura de seus colegas parlamentares. A psolista trata a escala como “desumana”. “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor”, disse.

“A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador“, completou ela.

Conforme o texto da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a 8h diárias e 44h semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante um acordo ou convenção coletiva de trabalho, incluindo a possibilidade da escala que a psolista visa extinguir.

Com informações de Opinião CE.

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