A Justiça do Paraná concedeu liberdade ao ex-policial penal Jorge Guaranho, autor do assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda na eleição de 2022. A viúva da vítima, Pamela Silva, afirmou que a decisão judicial deixou toda a família “sem chão” e “com medo”.
A viúva classificou a decisão judicial como “lastimável” e “terrível” e disse que a família foi pega de surpresa. “Nós estamos arrasados, sem chão e com muito medo. A sensação de injustiça com a família é imensa. A gente não tem palavras para dizer o que está acontecendo. Porque, além de perder o Marcelo, de ser vítima de toda uma situação, a gente foi pego de surpresa”, afirmou Pamela.
Guaranho teve o pedido habeas corpus deferido nesta quinta-feira (12). Ele será colocado em prisão domiciliar e vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A decisão é da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná.
Para a família, as provas mostram que o réu não “tem condições de conviver em sociedade”. “Uma pessoa que não sabe conviver, não aceita a diferença, não aceita uma resposta diferente. Agora nós recebemos a notícia que a Corte do Paraná coloca um assassino na rua, os senhores viram as provas que estão nos autos”, disse Pamela, ao se referir aos desembargadores que votaram pela prisão domiciliar.
Guaranho estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Em 9 de julho de 2022, Marcelo Arruda celebrava o aniversário com amigos em Foz do Iguaçu em uma festa temática do PT. Guaranho atirou após invadir a festa aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”, segundo relataram testemunhas.
Fonte: Pragmatismo Político