O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) Marcelo Alves usou nesta semana a tribuna da Câmara Municipal de Jauzeiro do Norte e falou sobre as lutas, reivindicações e problemas vividos pelos servidores na terra do Padre Cícero.
O presidente Marcelo ao final de suas palavras se disse satisfeito com o apoio recebido dos vereadores e disse saber do apoio recebido, inclusive, dos vereadores da base de apoio do prefeito.
De acordo com o presidente do Sisemjun, a entidade sindical durante a gestão do prefeito Gledson Bezerra sempre que faz suas campanhas salariais tenta negociar os pontos da pauta de reivindicações com a prefeitura, apresentando com razoabilidade todos as reivindicações das categorias que formam os servidores juazeirenses.
Por ser um ano eleitoral, afirma Marcelo o sindicato espera que o governo municipal tenha inteligência emocional para negociar as pautas dos servidores, exatamente e até pelo componente eleitoral, mas até agora não houve avanços nas negociações.
Segundo Marcelo Alves são 3 anos de gestão Gledson Bezerra e três anos a pão de ló. “Os servidores de Juazeiro foram muito atacados em seus direitos nesses três anos, e há uma necessidade mínima do governo Gledson de fazer as compensações. E os servidores amargam muitas perdas salariais e em seus direitos”, afirmou Marcelo.
Um outro detalhe assustador da realidade dos servidores de Juazeiro do Norte é no tocante à 1.410 servidores municipais que estão recebendo apenas 1 salário mínimo em seus vencimentos. Essa realidade pode fazer o município perder servidores pois muitos desses que recebem um salário mínimo são graduados e tem boa qualificação. “Muitos estão pedindo demissão por conta dos péssimos salários e condições de trabalho”, afirmou Marcelo.
Sobre as negociações Marcelo Alves alertou aos vereadores e aos presentes na sessão do legislativo juazeirense que o sindicato tenta negociar, manter sempre a mesma postura aberta às negociações, e a luta é tentar melhorar a situação salarial dos que ganham menos, e sempre apresentando propostas razoáveis, dentro da realidade municipal e propostas responsáveis.
Para Marcelo é preciso que o governo Gledson possa agir, ter boa vontade com os servidores e com as reivindicações da categoria. O Município já fechou o ano fiscal, sabe o que pode fazer, mas não apresenta proposta algumas aos servidores.
Para Marcelo, há espaço financeiro e fiscal para a prefeitura atender as reivindicações salariais dos servidores. Os professores estão fazendo propostas razoáveis, e é preciso avançar nos direitos dos servidores que tem pautas específicas que nunca foram atendidas pela atual gestão.
Para Marcelo o governo Gledson fala muito dos antecessores, mas tem um passivo muito grande com o funcionalismo, principalmente com o magistério, e uma dívida que cresce mês a mês por conta da não implantação de direitos. “Há pendencias em várias categorias como professores, guarda municipal, agentes de trânsito, pessoal da área de fiscalização, dentre outras categorias”, afirmou.
Ele citou como exemplo a pessoa que trabalha no Centro de Infectologia que é um dos lugares mais prováveis do trabalhador ter algum problema de saúde, e não receber nenhum adicional de insalubridade e o prefeito Glêdson Bezerra não se sensibilizar com isso.
Para Marcelo está na hora do prefeito e sua equipe colocar a mão na consciência, deixar de atacar os servidores, ir para a mesa de negociações.
Nesta semana, os servidores fizeram manifestações e pediram à gestão espaço para negociações. Até agora nada foi atendido pela gestão de Gledson Bezerra.