23 de novembro de 2024

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem aprovação de 30% dos eleitores da capital paulista. Segundo pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira (1°), 38% dos paulistanos avaliam como regular e 27% consideram ruim ou péssimo. A rejeição ao governador é maior (35%) entre os entrevistados com mais instrução (35% de rejeição) e entre os que reprovam a gestão do prefeito Ricardo Nunes (61%).

O apoio ao governador bolsonarista de São Paulo é maior entre evangélicos simpáticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (37%), pessoas com 60 anos ou mais (37%) e entre aqueles que avaliam reeleger Ricardo Nunes (49%). Para os eleitores, pesam contra o governo problemas na área de segurança e as políticas desastradas, que exigem o recuo do governo.

Os dados fazem parte de pesquisa recente do Datafolha, que inclui a intenção de votos para prefeito da capital. As entrevistas foram feitas nesta terça (29) e quarta (30), com 1.092 eleitores. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Segundo o instituto, o desempenho de Tarcísio é menor que o registrado em abril em todo o estado. Os dados, que hoje poderiam ser outros, mostraram que 44% dos paulistas consideravam o governo ótimo ou bom. E 11% o rejeitavam. A avaliação regular também ficou em 39%, como a atual pesquisa, na capital.

Tarcísio de Freitas perderia a eleição se fosse hoje
E se a eleição estivesse sendo disputada agora, o governador apoiado por bolsonaristas seria derrotado pelo então adversário, o hoje ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) que ficaria com 54,5% dos votos válidos, contra 45,5%. O levantamento mostra ainda outro resultado negativo para Tarcísio: o candidato apoiado por ele à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), sairia derrotado por Guilherme Boulos (Psol).

A avaliação do eleitorado paulistano ocorre em meio a derrotas de Tarcísio de Freitas com suas propostas desastradas. Em meados de agosto, ele e seu secretário de Educação recuaram da decisão de rejeitar os livros didáticos do Ministério da Educação. A decisão veio após forte repercussão negativa de toda a sociedade, inclusive de setores conservadores. A Justiça paulista acolheu ação de parlamentares e concedeu liminar mandando o governo voltar atrás.

A proposta de Tarcísio era substituir os livros didáticos enviados sem custo pelo Ministério da Educação (MEC), de qualidade reconhecida, por materiais 100% digitais, incluindo slides. Materiais esses sem qualidade pedagógica, conforme atestou a Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos (Abrale). Além do desrespeito à língua portuguesa, trazem erros de informação em conteúdo já usados por estudantes do 6º ano.

Redação: Cida de Oliveira – Edição: Helder Lima
Publivado no site Rede Brasil Atual