22 de novembro de 2024

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do Galo da Madrugada, neste sábado (18). Ela chegou por volta das 13h ao camarote oficial do bloco e fez duetos musicais com cantores dos trios elétricos. Com o pernambucano Almir Rouche, Margareth cantou a música “Faraó” e “Alfabeto Negão”, clássicos do carnaval baiano.

“O Faraó é uma música inexplicável. Todo carnaval está aí, a galera cantando também. Prova a força da nossa cultura afro, da nossa memória, e essa festa que é a festa do povo brasileiro. Estava todo mundo se queixando que não tinha carnaval, o carnaval voltou. Vamos brincar na paz, respeitando todo mundo, mas vamos botar nossa alegria para fora”, afirmou a ministra, em entrevista à GloboNews.
Neste ano, o Galo da Madrugada, autointitulado “maior bloco carnavalesco do mundo”, vem com o tema “Galo Preto Ancestral”, que homenageia a herança dos povos afrodescendentes na formação cultural do Recife. A decoração do galo gigante de 28 metros utilizou tecidos descartados no Polo de Confecções do Agreste, no interior do estado. Sua estrutura também foi feita com materiais recicláveis. Ao todo, serão seis carros alegóricos e 30 trios elétricos em nove horas e meia de bloco, percorrendo 6,5 quilômetros da capital pernambucana

Margareth também celebrou a volta do carnaval de rua depois de dois anos de pandemia e enalteceu o 44º desfile do Galo da Madrugada. “O Galo tem uma representatividade e um destaque grande no Carnaval do Brasil. É uma festa da cultura brasileira”. A ministra também prometeu ampliar o apoio do governo federal ao setor cultural nos próximos anos.

No camarote, ela estava acompanhada da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Luciana Santos. Ex-vice-governadora de Pernambuco, ela também celebrou o retorno da maior festa popular do país. “Esse é o carnaval da esperança, da alegria. É um momento de confraternização. Eu acho que, em muitos lugares do mundo, ninguém explica o que acontece no Brasil.”

Mangueira presta homenagem
No domingo (19), a ministra da Cultura vai desfilar como um dos destaques da escola Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro. Neste ano, a verde e rosa traz o enredo “As áfricas que a Bahia canta”, que aborda a musicalidade baiana por meio das religiões de matriz africana e o empoderamento feminino.

Além de servir como fonte de pesquisa do enredo, Margareth Menezes gravou o samba-enredo mangueirense e deve cantar os primeiros versos, antes de cruzar a avenida. “Sou eu mangueira flecha da evolução / Levo a cor, meu ilú é o tambor / Que tremeu Salvador, Bahia / Áfricas que recriei”, diz um trecho da canção.

Publicado no site Rede Brasil Atual