20 de setembro de 2024

Por Marcos Leonel
Colunista do jornal Leia Sempre Brasil

O poderoso mercado é tratado e propalado pela imprensa corporativa, sempre utilizando a artimanha do impessoalismo, da assepsia cretina do inominável, como uma forma de neutralizar todas as implicações profundamente nefastas do que é ser mercado em toda sua essência liberal, como pessoa, como empresa.

As linhas históricas brasileiras recentemente escritas estão dando ao povo brasileiro uma oportunidade única de se identificar quem realmente é quem na estrutura de exploração da massa, atuando diretamente no processo legislativo, mudando para pior a vida da sociedade, bem como quem é que de fato ameaça a ordem democrática.

O mercado, que reage a inúmeros posicionamentos políticos, faz a bolsa cair e o dólar degolar a economia, está por trás de tudo isso, sem que a grande imprensa pilantra escreva uma única manchete em letras garrafais, quando esse mercado é escândalo, quando esse mercado é golpista, quando esse mercado assume deliberadamente uma postura repaginada, de pura atualização do nazismo e do fascismo.

O escândalo financeiro da fraude contábil das lojas Americanas está mostrando como isso funciona na prática. Os fraudadores Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira, e Herrmann Telles, fazem parte da verdadeira elite brasileira, a elite que ainda define o destino político do país e interfere diretamente nas estruturas da nova espécie de escravização do povo.

Lemann é o homem mais rico do país, dono de uma fortuna estimada em mais de 23,8 bilhões de dólares e controla como dono, ou como coproprietário, o capital de inúmeras empresas, entre elas: AB InBev, a maior cervejaria do mundo, o conglomerado 3G Capital e o fundo GP Investments, sendo que o 3G Capital controla várias empresas de grande porte, entre elas as lojas Americanas.

Lemann é francamente bolsonarista e a favor da precarização do trabalho e do trabalhador; é a favor das privatizações do serviço público; e coleciona inúmeros escândalos trabalhistas em todas as suas empresas, entre eles: assédio moral, humilhações em público de trabalhadores e regimes desumanos de carga de trabalho, além dos baixos salários. Não respeita leis e nem regras econômicas.

Lemann e seus comparsas bilionários financiaram a escalada vertiginosa do escroque Bolsonaro. Lemann, particularmente financiou o MBL, movimento Vem Pra Rua, o RenovaBR, o Livres e o Movimento Acredito. Todos de cunho fascista. Lemann criou aberrações políticas para defenderem seus interesses, como Tabata Amaral, Felipe Rigoni e Tiago Mitraud.

Sendo que esse último é o autor de um projeto de lei que tramita no Congresso que desregulamenta mais de 100 profissões, entre elas arquitetura, engenharia, psicologia, geologia, química, física e assistência social. Mitraud é pau mandado de Lemann. Lemann é mercado. Ele e seus comparsas bilionários estão por trás de todas as privatizações fraudulentas do governo Bolsonaro. É assim que age o mercado.