22 de novembro de 2024

COLUNA O VERBO FEMININO
POR IRIS TAVARES
Jornal Leia Sempre Brasil
Edição 146 – 13.01.2023

Não seremos a república dos golpes!

Quantos zumbis bolsofascistas são necessários para dar um golpe na democracia? Os últimos episódios do dia 8 de janeiro de 2023, quando a Praça dos Três Poderes em Brasília foi tomada por centenas de vândalos sedentos em destruir e depredar o patrimônio público, ao observar aquelas imagens percebemos o quão heroico foi a nossa escolha pela democracia, nas últimas eleições, com a vitória de Lula.

Na mais recente história política do Brasil, sobrevivemos a um golpe (2016), com a perda do mandato da primeira mulher presidente Dilma Rousseff. Para a frágil democracia brasileira, o referido evento concorreu para disseminar ideias, sentimentos rasteiros brotados no subsolo do autoritarismo movidos pela sanha de galgar a superfície viscosa do emaranhado tecido social. Não há inocentes nessa trama. As eleições de 2018 foi ensaiada no submundo da política, reacendeu os velhos porões da ditadura e da elite que sobrevive desse fantasmagórico passado que ronda nosso presente e continua a conspirar contra as liberdades e vontade popular.

Temos denunciado e nos manifestado veementemente contra a ditadura, o patriarcado e suas formas de violência e eliminação das mulheres, do sistema capitalista que avança sobre a humanidade de forma avassaladora. “Não haverá golpe!”.

O Brasil é um país de feição continental, atrai para si o olhar do mundo inteiro, além do fato de ser respaldado como a maior referência no contexto da América Latina. O nosso bem mais precioso está no espirito libertário da nossa gente e na capacidade de superação empossada na presidência da república personalizada em Lula.

Como não refletir ao ouvir o questionamento de um neto. Vó, os terroristas mais parecem uma horda de zumbis, o que aconteceu com eles? Respondo num balbucio. Alguns são zumbis por natureza, mortos vivos motivados a destruir os sonhos e o esperançar coletivo, enquanto outros tocam fogo no circo e põem suas fardas e insígnias militares para mandar. E no complemento arrastado da fala dizemos mais. Nós mães, filhas, irmãs e netas da democracia defenderemos as nossas vidas e as do que virão depois de nós para que herdem um mundo justo e uma sociedade que respeite as diferenças, seja solidaria e ame as pessoas. Salve a democracia! Salve Presidente Lula!