12 de junho de 2025
Bolsonaro chama apoiadores golpistas de “malucos” e nega responsabilidade por atos antidemocráticos

Interrogatório de Bolsonaro no âmbito da Ação Penal (AP) 2668, em Brasília - 10/06/2025 (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como “malucos” os apoiadores que, após sua derrota nas eleições de 2022, foram às ruas pedir intervenção militar. A informação é do portal UOL.

Segundo Bolsonaro, as manifestações que ocorreram em frente a quartéis-generais não ultrapassaram os limites da legalidade, mas continham elementos radicais. “O pessoal não fez absurdo. Agora, tem sempre uns malucos ali que ficam com aquela ideia de AI-5, intervenção militar, que as Forças Armadas jamais iam embarcar nessa porque o pessoal tava pedindo ali, até porque não cabia isso aí e nós tocamos o barco”, afirmou o ex-mandatário.

A fala ocorreu no contexto do inquérito conduzido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga Bolsonaro por supostamente liderar uma organização criminosa com o objetivo de manter-se no poder mesmo após o resultado das urnas. O caso faz parte do conjunto de apurações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que levaram à depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Na tentativa de afastar sua responsabilidade direta sobre os atos extremistas, Bolsonaro voltou a repetir que as Forças Armadas “jamais” embarcariam numa ruptura institucional e tentou desvincular-se das pautas antidemocráticas de seus próprios apoiadores. Sua estratégia de defesa, porém, contrasta com a série de episódios em que o então presidente estimulou desconfiança sobre o sistema eleitoral brasileiro e atacou instituições do Judiciário.

Ao longo do depoimento, o ex-presidente não reconheceu qualquer responsabilidade sobre a mobilização de apoiadores em frente a quartéis e reiterou que apenas “tocou o barco”, em alusão à aceitação dos resultados eleitorais. As investigações em curso, no entanto, buscam esclarecer o papel efetivo de Bolsonaro e seus aliados nos atos que culminaram em tentativas de ruptura democrática.

Fonte: Brasil 247

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