Rui Falcão (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) afirmou que a gestão do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, continua com a mesma política monetária do seu antecessor, Roberto Campos Neto. Candidato à Presidência do Partido dos Trabalhadores, o parlamentar não citou nominalmente o atual dirigente do BC na carta divulgada a militantes petistas.
“A atual política monetária tem sido uma continuidade da gestão de Campos Neto e deve ser criticada por se constituir em um sério obstáculo ao desenvolvimento nacional, transferindo enormes riquezas ao capital financeiro”, escreveu Rui Falcão, segundo relatos da Carta Capital.
Indicado pelo presidente Lula, Gabriel Galípolo defendeu mais cedo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65), que dá autonomia financeira à entidade. Pelo texto, o BC não precisará de um posicionamento do governo federal para contratar pessoal, e definir planos de carreiras e salários. Políticos do campo progressista denunciam que a proposta, se aprovada, resultará numa “privatização” da autoridade monetária.
O relator da PEC 65 é o senador Plínio Valério (PSDB-AM). A proposta, divulgada na Agência Senado, apontou que o projeto “visa alterar a Constituição Federal para estabelecer um novo regime jurídico para o Banco Central do Brasil, conferindo-lhe autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira”.
“A proposta também define que o Banco Central será organizado como uma empresa pública com poder de polícia, incluindo regulação, supervisão e resolução, e estabelece a supervisão do Congresso Nacional sobre suas atividades”, complementou.
Além de ser contra a PEC 65, o governo federal também cobra do Banco Central a diminuição da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,75%. O Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao BC, anuncia os percentuais. As próximas reuniões do Copom foram marcadas para os dias 17 e 18 de junho.
Fonte: Brasil 247