13 de abril de 2025
Deputado pede desculpas após desejar a morte de Lula

Foto: Reprodução

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas hoje, no plenário da Câmara, por ter dito que deseja a morte do presidente Lula (PT).

O que aconteceu

Deputado disse que “exagerou” e pediu desculpas. “Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros”, afirmou. “Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso, deveria pagar por tudo que ele fez de mal ao nosso país, mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas.”

Gilvan da Federal atacou Lula ontem, durante sessão da Comissão de Segurança da Câmara. Ele repetiu três vezes que gostaria que o presidente morresse. “Nem o diabo quer o Lula, é por isso que ele está vivendo aí, superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o Brasil. E eu quero mais é que ele morra mesmo”, declarou.

AGU pediu que a Polícia Federal e o Ministério Público abram investigação criminal. A Advocacia-Geral da União informou que as declarações podem configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime e ameaça. Também afirma que as manifestações do deputado podem ter excedido os limites da imunidade parlamentar.

Declaração ocorreu durante sessão que discutia um projeto de lei que propõe desarmar a segurança pessoal do presidente. Gilvan da Federal é relator do texto na Comissão de Segurança. A proposta, apresentada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), foi aprovada hoje, mas ainda precisa passar por outras duas comissões na Câmara antes de ir para análise do Senado.
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o deputado. ‘Não é a postura que se espera de um parlamentar que está ali para discutir as coisas sérias do Brasil’, disse.
Gilvan foi condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero em março deste ano. Em 2021, quando ainda era vereador, ele chamou a deputada estadual Camila Valadão (PSOL-ES), que também era vereadora na época, de “satanista”, “assassina de bebês” e “assassina de crianças” durante uma sessão da Câmara Municipal.

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