31 de maio de 2025
BOLSONARO – A FACE PERVERSA DO CAPITÃO 

Foto: Reprodução

O Brasil é o palco da história de um presidente que mais atentou contra a democracia, um inveterado negacionista que se alimenta das vibrações doentias e propensas ao saudosismo do chefe supremo – aquele que vive nas entranhas do seu ser – dia após dia ele se ocupa em rasgar o fino tecido que o enclausura do contato externo e material com outras pessoas. Esse ser estranho foi fruto de uma gravidez com muitas complicações e sofrimento, tanto que sua genitora na pia batismal resolveu incluir Messias no seu nome e assim atribuir a Deus o seu nascimento tão conturbado. O falso Messias teve a oportunidade de mostrar ao mundo para que veio.

Kurt Schneider (1887 – 1967), psiquiatra alemão, conhecido como o “pai dos psicopatas”, através dos seus estudos chama atenção para o desvio do comportamento social, a ausência de sentimentos superiores de piedade, compaixão e altruísmo, a falta de valores éticos–morais e da incapacidade de reconhecer a própria culpa, sem remorso e sem arrependimento.

Ainda está bem vivo na nossa memória a crueldade e a frieza do ex-presidente Bolsonaro, referente a tragédia e o sofrimento de milhares de famílias que perderam seus entes queridos no auge da pandemia COVID-19. “Eu não sou coveiro”, “chega de frescura, vai ficar chorando até quando”. Sem senso de compaixão, frente ao sofrimento alheio e totalmente desprovido de reflexão frente a dor do outro. Com essa atitude o ex-chefe maior de Estado, sentenciou e foi cúmplice da morte de milhares de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas, assim como o genocídio do povo indígena, que durante o seu governo ficou à mercê dos grileiros e posseiros de terra. A magistrada Cármen Lúcia Antunes Rocha nos alertou. É fato que a ditadura se alimenta e vive da morte. Um porão que abriga o egoísmo e a tirania garantindo a engorda dos desejos daquele que colocou a própria vontade e a autoridade acima das leis e da justiça.

Finalmente o Supremo Tribunal Federal julga Bolsonaro como réu por tentativa de golpe e organização criminosa. A Carta Capital é enfática ao compartilhar a notícia do envolvimento do capitão. Ele planejou e exerceu um controle direto sobre os atos de uma organização criminosa que buscava executar um golpe de Estado no Brasil em 2022. Parte das Forças Armadas, o exército brasileiro, uma parcela do empresariado brasileiro e a mente doentia de parte da sociedade que se identifica com essa personalidade caótica, anormal, cuja conduta patológica está relacionada ao transtorno de comportamento. O capitão admitiu, em 1987, haver cometido atos de indisciplina e deslealdade para com os seus superiores no Exército, também revelou ser o mentor de um plano que previa a explosão de bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro. O mito se ergueu em cima da mentira, das Fake News, de usar e ser usado, contanto que o seu desejo incorrigível de ser o chefe supremo, o absoluto, possa ser tolerado, aplaudido e seguido.

Desprezo por essa figura e as demais que lhes ladearam no terrível plano de tentativa do golpe, de dar cabo a vida alheia, de cerceamento das liberdades, da cultura e da destruição da democracia, em detrimento do estado ditatorial. Uma longa pena na prisão e que isso lhes sirva de lição. Salve a democracia!