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É importante observarmos que tanto a mídia tradicional como as redes sociais se ressentem quando os Estados Unidos da América (EUA), é tratado como imperialista. A propósito, não à toa, essa expressão foi suprimida de todos os seus conteúdos. Foi o gênio da propaganda política nazista de Adolf Hitler, o famoso Josef Goebels que declarou suas duas teses para o mundo. Uma delas era a mais sofisticada intelectualmente, e tornava “possível dizer uma grande mentira falando a verdade”, sendo essa a tese utilizada pelos meios de comunicação como rádio, TV e jornais que se aproveitam de fatos verdadeiros artificiosamente acertados com a omissão de outros que possam contradizê-los, conduzindo a leitora/o a uma compreensão incorreta da realidade. A outra é a tese da barbárie intelectual, que foi ressuscitada no século 21 com as redes sociais. Por meio dela, Goebels afirma que “uma mentira mil vezes repetida acaba sendo aceita como verdade”. Uma pratica recorrente nas redes socias, nos dias atuais, para “disseminar notícias falsas com velocidade avassaladora, com o uso de algoritmos a um custo financeiro que só os super ricos podem pagar”.
O mais recente e simbólico episódio se deu com Donald Trump, milionário da construção civil nos EUA, eleito para um segundo mandato de “Imperador” estadunidense e que chegou a declarar o seu desejo de anexar o Canadá, a Groelândia e o Panamá, o que representa um retrocesso brutal a política colonial do século 19. O atual presidente é conhecido pela sua transfobia, que o levou a exercitar seu ódio e suas ameaças nas suas mais recentes declarações. No seu governo a política de gênero só reconhece homens e mulheres, abandonando qualquer aceno para a comunidade LGBTQIA+, mas não para por aí, porque ele também é xenofóbico e desde a campanha eleitoral avisou sobre a rigidez que será a sua política, referente a migração. Está disposto a poluir o planeta, em detrimento das relações e dos interesses capitalistas que o norteiam. Sem dúvida esse indivíduo tem a alma e o coração sabotados. Se apresenta como um ascendente da doutrina Monroe (James Monroe/1817-1825). Os EUA sempre estiveram atrelados ao monroísmo, mesmo na calmaria, todavia as condições históricas do século 21 são bem distintas do pretérito. No contexto atual temos a incidência de três processos: 1) o surgimento de forças progressistas e de uma nova esquerda na América Latina, que se levantam contra o neoliberalismo e os ditames imperialistas; 2) a construção de um mundo multipolar com a crescente presença da China, da Rússia e dos BRICS; 3) o reequilíbrio das direitas econômicas e políticas que se movimentam na sua própria luta de classes para barrar um rumo diferente nos países da região.
Teremos muitos embates pela frente e é muito importante que as pessoas possam compreender o xadrez da geopolítica, desvendar os fantasmas e fantoches que existem para nos desterrar nessa era da escravidão pós moderna, do mundo real e do mundo virtual.
