18 de janeiro de 2025
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O último acidente aconteceu nesta quinta-feira (16), em Tauá-CE

Uma série de graves acidentes envolvendo transportes clandestinos no Ceará, nas últimas semanas, trouxe à tona os sérios riscos associados a essa prática irregular. Com registros de diversas vítimas, os episódios reforçam a necessidade imediata de medidas efetivas para combater a clandestinidade no setor e priorizar a segurança dos passageiros.

Nesta quinta-feira (16), um grave acidente ocorreu na CE-187, na comunidade de Massapê, entre Tauá e o distrito de Santa Teresa, no Sertão dos Inhamuns. O acidente envolveu um ônibus da empresa Edson Turismo e uma Hilux modelo SW4. A colisão aconteceu na “curva do Chico Branco”, um trecho reconhecido como crítico na região, resultando em 5 pessoas feridas e consideráveis danos materiais.

Outro caso recente ocorreu na última segunda-feira (13). O ônibus clandestino, também da empresa Edson Turismo, que vinha de São Paulo com destino à Tauá e municípios da região, pegou fogo, na cidade de Eliseu Martins, localizada no Sudoeste do Piauí.

O incêndio começou na parte traseira do coletivo onde fica o motor e rapidamente de espalhou. Os passageiros conseguiram sair, mas nem todos salvaram suas bagagens, que foram consumidas pelas chamas.

O caso mais grave aconteceu na madrugada da terça-feira da semana passada (7), quando um ônibus clandestino oriundo de Novo Oriente, no Sertão dos Inhamuns, no Ceará, pertencente à empresa Baleia Turismo, se envolveu em um acidente na BR-135, nas proximidades do município de Corrente, no Piauí. O episódio vitimou 7 pessoas. Em menos de 15 dias, são seis ocorrências envolvendo o transporte alternativo divulgadas pela imprensa. E o número pode ser ainda maior, pois várias situações de risco não são reportadas.

A recorrência de acidentes evidencia os riscos inerentes ao transporte clandestino. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) destaca que a prática desse serviço é caracterizada por sérias irregularidades, como a carência de fiscalização, a falta de manutenção adequada dos veículos e a presença de motoristas sem qualificação apropriada. Esses fatores comprometem a segurança dos passageiros e elevam significativamente a probabilidade de acidentes fatais.

Apesar da existência de leis e regulamentações específicas que estabelecem os requisitos para o transporte rodoviário de passageiros, a insuficiência na fiscalização permite que veículos clandestinos sigam operando, colocando vidas em risco.

A ABRATI enfatiza a urgência de medidas firmes e integradas para combater essa prática ilícita e garantir a proteção das vidas envolvidas. Denúncias sobre transporte clandestino podem ser encaminhadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por meio do WhatsApp (61) 99688-4306, pelo e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou pelo telefone 166.

Como identificar um transporte clandestino

Preço: com o objetivo de atrair consumidores, os preços são mais baixos. Porém, essa economia aparente pode resultar em custos elevados, como atrasos, desconforto e, em situações mais graves, acidentes. Além disso, não há emissão de bilhete fiscal.

Identificação: os veículos e colaboradores da empresa, geralmente, não apresentam qualquer identificação visual, como logomarcas ou uniformes.

Acesso: os clandestinos frequentemente embarcam passageiros em locais não autorizados, como postos de gasolina ou beiras de estrada, sem oferecer garantias mínimas de segurança ou qualidade;

Conservação: sem manutenção, os veículos clandestinos podem estar amassados, sujos e não apresentar itens de segurança essenciais para as viagens.

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