Afastado desde a derrota para o PT na eleição municipal de Fortaleza, o deputado federal André Fernandes completa hoje 2 meses sem exercer qualquer função pública. Teoricamente, o retorno ao Congresso aconteceria em 10 de janeiro, após a licença completar 120 dias, tempo solicitado por ele para ficar afastado também durante a campanha. No entanto, como as atividades parlamentares só voltam em fevereiro, após o recesso de janeiro, na prática o deputado só voltará a legislar em fevereiro, completando 3 meses de afastamento desde o final de outubro.
Quando cobrado por sua ausência no trabalho, André disse que a licença de 120 dias era obrigatória, ignorando que outros deputados derrotados no segundo turno, como Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, e Natália Bonavides (PT), em Natal, voltaram a trabalhar normalmente em novembro.
Em todo o ano de 2024, André Fernandes trabalhou apenas 53 dias, enquanto o seu gasto com a cota parlamentar (ajuda de custos com gasolina, comunicação etc) passou de 200 mil e a manutenção de seu gabinete chegou a 1,1 milhão de reais. (veja aqui)
PL a favor da escala 6×1 e contra os feriados
O partido de André Fernandes se notabilizou esse ano por defender a escala 6×1 para os trabalhadores mais pobres, criticando ferrenhamente a PEC da deputada Erika Hilton (PSOL), que defende a redução da jornada de trabalho, garantindo pelo menos 2 folgas semanais a todos os trabalhadores com carteira assinada.
Também do PL, o deputado federal Marcos Pollon criou uma PEC para acabar com os feriados e aumentar a jornada de trabalho dos brasileiros. No Congresso, a escala dos deputados é 3×4, ou seja, trabalham 3 dias (terça a quinta) e folgam 4, durante a semana.
Fonte: site Análises Políticas