O atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e a deputada federal Maria do Rosário (PT) foram os candidatos mais votados neste domingo e irão disputar o segundo turno da eleição para a prefeitura da capital gaúcha no próximo dia 27. Com 99,74% das urnas apuradas, o resultado foi oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h12.
Sebastião Melo, advogado de 66 anos, iniciou sua carreira política ao ser eleito vereador de Porto Alegre pela primeira vez em 2000. Após três mandatos consecutivos, que se estenderam até 2012, ele foi eleito vice-prefeito na chapa de José Fortunati. Em 2016, Melo candidatou-se à prefeitura, mas acabou sendo derrotado por Nelson Marchezan Júnior.
Em 2018, o emedebista foi eleito deputado estadual, porém deixou o cargo em 2020 para disputar novamente a prefeitura de Porto Alegre. Com 54,6% dos votos, o advogado foi eleito no embate contra a ex-deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB).
Melo, na realidade, é natural de Piracanjuba, cidade de Goiás, mas vive na capital gaúcha desde 1978. Já Maria do Rosário é de Veranópolis, no Rio Grande do Sul, mas construiu sua carreira política na capital, onde estudou pedagogia.
Foi eleita como vereadora de Porto Alegre duas vezes, em 1992 e em 1996. Dois anos depois, em 2018, disputou com sucesso uma vaga como deputada estadual. No pleito seguinte, de 2002, foi eleita deputada federal, cargo para o qual foi reconduzida em todas as eleições desde então: 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022.
Maria do Rosário também ocupou cargos nos governos federais do PT, como de ministra da Secretaria dos Direitos Humanos do governo Dilma, e tentou duas vezes assumir um cargo no Executivo de Porto Alegre, como vice-prefeita, em 2004, e prefeita, em 2008, em ambas sem sucesso.
Ainda que Melo tenha sido alvo de críticas neste ano após as enchentes em Porto Alegre, consideradas a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul e agravadas por falhas no sistema de drenagem da capital, as pesquisas apontam que o atual prefeito é o favorito no segundo turno.
Mesmo assim, ao longo da campanha, Maria do Rosário buscou utilizar a catástrofe na cidade para atacar Melo, afirmando que as enchentes poderiam ter sido evitadas com medidas do poder público. A petista destacou o diálogo com o presidente Lula para a ajuda do governo federal a Porto Alegre.
Já Melo se esquivou das críticas, alegando que tragédias climáticas ocorrem no mundo inteiro. Defendeu que elas exigem gestores com capacidade de decisões rápidas, força e liderança, e que não é necessário buscar culpados, mas soluções. O prefeito focou em mostrar melhorias em áreas da saúde, educação e transporte público.
Com informações de O Globo.