22 de novembro de 2024
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Foto: Leandro Paiva

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), declarou nas redes sociais que entrará na Justiça para pedir a prisão de Pablo Marçal (PRTB), seu adversário na corrida eleitoral. A medida foi anunciada após Marçal publicar em suas redes sociais um laudo falso, que sugeria que Boulos teria testado positivo para cocaína. O documento, que se provou forjado, foi rapidamente contestado pela equipe do candidato do PSOL, revelando uma série de irregularidades e falsificações.

A defesa de Boulos também solicitará a cassação de Marçal, que se autointitula ex-coach e é conhecido por sua atuação polêmica nas redes sociais. O laudo, que Marçal divulgou como prova, estava assinado por um médico já falecido, José Roberto de Souza, e apresentava um RG incorreto, com um número a mais do que o real. A equipe de Boulos agiu rapidamente ao apontar que o CRM usado no documento pertencia ao médico falecido em 2022, um fato que levantou ainda mais suspeitas sobre a autenticidade do laudo.

Durante uma live, Boulos rebateu as acusações com firmeza. “O parceiro dele [de Marçal] falsificou o documento, usando o CRM de um médico que morreu há dois anos, para que ninguém possa ser responsabilizado como médico. Ele não tem limite. A um dia da eleição, ele inventa essa fake news,” declarou o candidato, visivelmente indignado. O líder do PSOL afirmou que, no dia em que o exame teria sido realizado, ele estava distribuindo cestas básicas na favela do Vietnã, o que desmente completamente a narrativa de Marçal.

Boulos também mencionou que está entrando com um pedido de prisão contra Marçal e o dono da clínica envolvida na falsificação. A equipe do PSOL divulgou provas contundentes que desmentem a veracidade do documento, incluindo fotos e vídeos do sócio da clínica ao lado de Marçal, indicando uma proximidade que, segundo Boulos, comprova a intenção de manipular o processo eleitoral.

“Agora, gente, chegou num limite para ele. Estamos entrando com um pedido de prisão contra ele, na Justiça Criminal. Dele e do dono da clínica”, enfatizou Boulos, ao reforçar que não há espaço para esse tipo de atitude nas eleições. A campanha do PSOL também publicou uma nota oficial condenando o ato como “falso e criminoso”, afirmando que Marçal responderá judicialmente em diversas esferas, incluindo a eleitoral, cível e criminal.

O episódio traz à tona mais uma vez o debate sobre fake news nas eleições brasileiras, um problema que já afetou severamente o processo democrático em pleitos anteriores. Segundo Boulos, “não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente.”

Fonte: Brasil 247