15 de novembro de 2024
p.1 - Programa apoia candidaturas LGBT+ que enfrentem qualquer tipo de violência

Foto: Wikimedia Commons

O programa Sentinela LGBT+, criado pela ONG VoteLGBT, já está disponível para apoiar candidaturas LGBT+ que enfrentem violência durante as eleições municipais de 2024, que ocorrerão em outubro. A plataforma utiliza inteligência artificial para analisar denúncias de violência política, categorizando-as em tipos como ameaças de morte, estupro corretivo, LGBTfobia e discurso de ódio. A vítima deve enviar evidências, como prints de ameaças, para um número de WhatsApp, onde serão analisadas.

PÁGINA 2

ONG efetiva programa para combater violência contra candidaturas LGBT+ nas eleições municipais

O programa Sentinela LGBT+, criado pela ONG VoteLGBT, já está disponível para apoiar candidaturas LGBT+ que enfrentem violência durante as eleições municipais de 2024, que ocorrerão em outubro. A plataforma utiliza inteligência artificial para analisar denúncias de violência política, categorizando-as em tipos como ameaças de morte, estupro corretivo, LGBTfobia e discurso de ódio. A vítima deve enviar evidências, como prints de ameaças, para um número de WhatsApp, onde serão analisadas.

Os dados coletados alimentarão um relatório sobre a violência política LGBTfóbica, destacando os perfis das vítimas e dos agressores. O programa também oferece 600 atendimentos psicológicos gratuitos para as vítimas, em parceria com a Clínica LGBT+ com Local.

O contexto de violência política no Brasil, especialmente contra lideranças LGBT+, é grave. A pesquisa Violência Política e Eleitoral no Brasil mostrou que, em 2022, houve 542 episódios de violência política, afetando 497 pessoas. A ausência de dados é um obstáculo para combater esse tipo de violência, mas o Sentinela LGBT+ visa enfrentar esse problema com tecnologia e suporte especializado.

A VoteLGBT atua há 10 anos, promovendo a inclusão de lideranças LGBT+ na política, mobilizando eleitorado, criando ferramentas digitais e desenvolvendo campanhas de sensibilização. Este ano, mais de 3 mil candidaturas se declararam publicamente LGBT+, incluindo 20,3% de pessoas trans, marcando um momento histórico na participação política dessa comunidade.

Leia nosso jornal: