O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 20.
Glauber estava em um ato de ocupação na Universidade Estadual do Rio quando a PM invadiu o local.
Segundo as primeiras informações, o deputado tentou impedir a tropa de choque da PMRJ de entrar na faculdade para acabar com um ato de ocupação dos estudantes.
Os policiais espirraram spray de pimenta contra os manifestantes, incluindo Glauber.
Glauber estava no local apoiando estudantes que protestam contra o corte de benefícios da universidade.
A Uerj está ocupada desde julho deste ano.
Na terça-feira, 17, a Justiça do Rio determinou a desocupação do local.
Deputado está bem
Glauber está bem, embora com o olho ardendo muito.
A deputada Sâmia Bonfim (PSol-SP), esposa de dele, disse que a prisão é inconstitucional.
“Uma prisão como essa foge completamente das possibilidades de prisão de um deputado”.
Em nota, o PSol do Rio de Janeiro disse que foram usados “bombas, caveirão e armas menos letais” contra o grupo de estudantes e que Glauber Braga estava no local para “proteção e defesa” e que foi detido e encaminhado para uma delegacia.
O PSol fluminense informou ainda que está indo ao encontro do deputado.
Policiais foram autorizados a entrar na instituição após a ordem judicial de desocupação do prédio João Lyra Filho.
Alunos ocupavam o espaço há um mês, em protesto contra a alteração das regras de concessão de benefícios, como auxílios estudantis e bolsas de estudos.
A universidade informou, por meio das redes sociais, que a juíza da 13ª Vara havia determinado a saída dos estudantes e pediu que os jovens deixassem o local de forma “voluntária e pacificamente”. Caso a ordem não fosse cumprida, havia o risco de uso das forças policiais.
No último dia 10 de setembro, a reitoria da UERJ já havia solicitado que o prédio fosse desocupado e mencionou que uma comissão de negociação foi formada em agosto.
Em comunicado, a instituição ressaltou que “reconhecendo o direito à livre manifestação democrática, a Reitoria tem investido na negociação com os estudantes desde o início da gestão, e assim seguirá fazendo”.
No mesmo documento, a universidade ainda disse que continuaria “ampliando a participação discente na elaboração da política de assistência estudantil, incorporando elementos que têm sido apontados por eles como importantes”.
Solicitou ainda que os espaços fossem liberados até o dia 12 para que as atividades presenciais fossem retomadas “de modo a reduzir o prejuízo acadêmico”.
*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
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