21 de novembro de 2024
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Foto: Reprodução/Youtube

Projeto cientifico da área de linguagens e códigos da Escola de Ensino Médio e Profissional do Campo Filha da Luta Patativa do Assaré, em Canindé (CE) que tem como objetivo sensibilizar e refletir por meio das múltiplas linguagens, questões relativas a gênero e violência doméstica, buscando levar essas informações de maneira mais acessível, simples com intuito de ecoar pelos quatro cantos desse País, superando esses conflitos, alcançando o maior número de pessoas e possibilitando liberdade para as mulheres.

O conceito de violência contra a mulher não significa uma simples oposição a violência contra os homens” Violência contra a mulher pretende-se na realidade remeter as práticas de gênero e a desproporcionalidade que elas estabelecem na relação de convívio, identidade e sexualidade entre os sexos. Boa parte das violências físicas vem acompanhada de violências moral e psicológica o que acaba coibindo as vítimas de pedir ajuda para sair daquela situação, por isso que a lei Maria da Penha é importante, pois além de ser uma lei criada para a proteção das mulheres é uma lei incondicional, ou seja, pode ser denunciado por terceiros que perceberem a violência/opressão sofrida pela vítima.

Adentrando a realidade das mulheres que vivem no campo (zona rural), ainda é mais preocupante, tendo em vista o nível de escolaridade é menor, as questões ligadas ao trabalho são mais deficitárias e acesso à informação, o que dificulta mais que essa mulher que esteja vivenciando uma situação de violência busque a libertação e livre-se dessa situação. Essa é uma questão cultural, que vem passando de geração em geração, onde a menina desde de criança é estimulada a brincar com bonecas, como também a cuidar da casa e fazer comida. Dessa forma podemos destacar que tudo isso é um ensaio para a vida adulta, onde ela está aprendendo a cuidar das crianças e da casa principalmente do marido.

A importância do projeto tenho vez: quer dizer que temos direitos conquistamos através de lutas ao decorrer dos anos, que vale ressaltar que não foi o suficiente, mas que também foi um enorme avanço. Tenho voz: pois por meio de diversas linguagens podemos nos expressar, o que sentimos e o que pensamos, e onde queremos e devemos estar. Sou MULHER: por que somos fortes viemos de lutas, somos de uma luta diária por direitos por igualdade e acima de tudo por respeito.

O Projeto tenho vez, tenho voz, sou mulher, tem a linguagem como instrumento de poder levar essa informação aos mais diversos públicos com uma linguagem clara e acessível, quebrando o ciclo vicioso em que as mulheres estão submetidas ao longo dos anos é de fundamental importância, para podermos falar de direitos iguais, ou até mesmo sobre o poder de escolha das mesmas sobre diversas questões e inclusive até o seu próprio corpo, ecoando a mensagem sobre gênero e violência para as mulheres que residem na nossa região, estado, pais, possibilitando a compreensão e reflexão sobre a temática, e buscando quebrar o ciclo vicioso do patriarcado que até hoje aprisiona as mulheres.

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