A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, ampliou a liderança das intenções de voto sobre o republicano Donald Trump após o debate eleitoral entre os dois, segundo um levantamento da agência de notícias Reuters e do Instituto Ipsos divulgado nesta quinta-feira (12).
Harris tem 47% das intenções de voto, contra 42% de Trump, segundo uma nova pesquisa de intenção de voto Reuters/Ipsos, a primeira do instituto realizada após o debate. A diferença é um ponto percentual maior que a registrada no último levantamento feito pelo mesmo instituto, no fim de agosto.
O levantamento também perguntou aos eleitores quem foi melhor no debate, e 53% deles disseram ter achado que Kamala Harris venceu o enfrentamento, contra 24% que opinaram que Trump se saiu melhor. Os 23% restantes disseram achar que nenhum dos dois foi bem.
“Não vou mais participar de debates”
Em uma rede social, nesta quinta-feira (12), Trump disse que não vai mais participar de novos debates contra Kamala. Horas depois, em um comício, Kamala disse que acredita que os candidatos “devem aos eleitores” outro debate. Na terça-feira (10), a campanha dela já havia proposto um novo encontro, que poderia ser marcado para outubro. A emissora Fox News se propôs a organizar o programa.
O primeiro debate foi marcado por trocas de acusações em temas centrais da corrida à Casa Branca e pelo tom mais assertivo de Harris, que empurrou o adversário para a defensiva e conseguiu se impor até em temas mais confortáveis para Trump, como imigração e economia.
Enfática e expressiva, Kamala Harris investiu em ataques a Trump e procurou se desassociar de Joe Biden ao mesmo tempo em que defendeu seu governo.
Segundo levantamento do jornal “The New York Times”, Trump passou a maior parte do debate, de pouco mais de 90 minutos, se defendendo de ataques da adversária, ao contrário do enfrentamento que teve em junho contra o presidente Joe Biden. Na ocasião, o republicano foi quem mais fez ataques.
Kamala foi especialmente enfática e cresceu no debate ao ser questionada sobre aborto. Disse que seu adversário vai liderar um “plano nacional para banir o direito ao aborto”, o que Trump negou.
O ex-presidente acusou a adversária de “querer fazer operações transgênero pelo país”, chamou-a de “marxista” e disse que os EUA se tornarão “uma Venezuela com anabolizante” caso Harris vença.
Fonte: Pragmatismo Político