20 de setembro de 2024

Ilustração: Reprodução/Redes Sociais

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário que se iniciou em Pernambuco e logo alcançou outras províncias vizinhas, como o estado do Ceará, além do Rio Grande do Norte e Paraíba.

Os revoltosos se levantaram contra o governo central por causa do autoritarismo de Dom Pedro I ao fechar a Assembleia Constituinte de 1823 e impor uma Constituição, no ano seguinte, que lhe assegurou poderes absolutistas.

Além dessa oposição ao arbítrio do imperador, a confederação pretendia implantar o regime republicano. As tropas imperiais conseguiram abafar o movimento e matar seus líderes.

Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, Pereira Filgueiras e Padre Mororó são nomes importantes da Confederação do Equador no Ceará.

Tristão Gonçalves de Alencar era filho de Bárbara de Alencar, foi um militar revolucionário que participou da Revolução Pernambucana em 1817, da guerra da independência do Brasil e da Confederação do Equador. Foi brutalmente assassinado pelas forças imperiais no interior do Ceará, onde hoje fica a cidade de Jaguaribara.

Em 1817, Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, juntamente com a mãe Bárbara de Alencar e o tio Leonel Pereira de Alencar, participou da Revolução Pernambucana e tentou fazer revolução em terras cearenses, no que viria a ser chamado de República do Crato. No entanto, não obteve sucesso.

Os revolucionários foram presos por forças do governo sob o comando do capitão-mor José Pereira Filgueiras e enviados para presídios em Fortaleza.

Em 1824 eclode nova revolução republicana em Pernambuco denominada Confederação do Equador. Este movimento uniu algumas lideranças das províncias de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, descontentes com a constituição outorgada pelo primeiro imperador brasileiro, Dom Pedro I.

O movimento repercutiu intensamente no Crato. Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, que já tinha sido libertado pelo governo, aderiu, com todo entusiasmo e idealismo, à Confederação do Equador. Como outros revolucionários, entre eles o capitão-mor Filgueiras. Tristão substituiu um sobrenome português (Pereira) por um sobrenome regional (Araripe). Em 26 de agosto daquele ano, foi ele aclamado pelos rebeldes republicanos como Presidente do Ceará. Entretanto a reação do Governo Imperial foi implacável. As instruções para debelar o movimento eram assim sintetizadas: “(…) não admitir concessão ou capitulação, pois a rebeldes não se deve dar quartel”. Debelado o movimento restou a Tristão Araripe duas alternativas: exilar-se no exterior ou morrer lutando. Escolheu a última opção.

Nas suas pelejas, Tristão colecionou vários inimigos, dentre eles um rancoroso proprietário rural, José Leão da Cunha Pereira. Este utilizou um capanga, Venceslau Alves de Almeida, para pôr fim à vida do herói da Confederação do Equador no Ceará. Tristão Araripe faleceu combatendo o grupo armado de José Leão, na localidade de Santa Rosa que em 9 de março de 1857, torna-se Jaguaribara, hoje região inundada pelas águas do Açude Castanhão. Morreu como queria: pelejando, graças a Deus!

Fonte: sites Brasil Escola e Wikipédia e o site da Alece

 

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