20 de setembro de 2024

Foto: Mídia Ninja

A participação das mulheres na política brasileira tem aumentado nas últimas décadas, mas ainda enfrenta muitos desafios. Apesar de avanços significativos, como a criação de cotas de gênero para candidaturas, a representação de gênero nos cargos eletivos continua aquém do ideal. No Congresso Nacional, por exemplo, as mulheres ocupam menos de 20% das cadeiras, um número que está muito abaixo da proporção de mulheres na população brasileira. As mulheres são 54% do eleitorado.

 

É importante fortalecer a participação das mulheres na política

As mulheres são maioria do eleitorado brasileiro. Informações divulgadas recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmam que 52,47% dos eleitores são mulheres representando algo em torno de 81 milhões de eleitoras. Mesmo assim, as mulheres tem apenas 18% das vagas no Congresso Nacional.

Nas eleições municipais deste ano teremos 20 milhões de mulheres votando com a faixa  etária de 45 a 59 anos e 9 milhões de mulheres votando com a faixa etária de 18 a 24 anos.

Esta disparidade da participação da mulher na política brasileira é resultado de uma série de fatores, incluindo barreiras culturais, falta de apoio partidário e desigualdade de recursos. As mulheres muitas vezes enfrentam preconceitos de gênero que dificultam sua entrada e permanência na política. Em um ambiente historicamente dominado por homens, as candidatas femininas precisam superar estereótipos e atitudes discriminatórias que questionam sua capacidade de liderança.

Além disso, a violência política de gênero tem se tornado uma preocupação crescente, com relatos de ameaças, assédio e agressões direcionadas a mulheres que ocupam cargos públicos.

Por conta disso, o Ministério Público Federal está realizando a cmpanha “Vozes que Ecoam – pela efetividade das leis de proteção à mulher” que inclui dentre outras questões a luta contra a violência política de gênero.

No entanto, apesar desses obstáculos, as mulheres têm conquistado espaços importantes na política brasileira. Figuras como Dilma Rousseff, que foi a primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil, e Marina Silva, uma proeminente líder ambientalista, são exemplos de como as mulheres podem alcançar posições de destaque.

Movimentos feministas e organizações da sociedade civil têm desempenhado um papel crucial na promoção da participação política das mulheres, oferecendo apoio, treinamento e visibilidade para candidatas femininas. As cotas de gênero, que exigem que pelo menos 30% das candidaturas sejam ocupadas por mulheres, também têm sido um instrumento importante para aumentar a representação feminina. No entanto, é importante notar que as cotas, por si só, não são suficientes para garantir uma participação efetiva das mulheres na política.

É necessário um esforço contínuo para mudar a cultura política e promover a igualdade de gênero em todos os níveis. Isso inclui a implementação de políticas públicas que incentivem a participação das mulheres, como financiamento de campanhas e programas de capacitação, além de medidas para combater a violência política de gênero.

Além disso, é fundamental que haja um maior apoio dos partidos políticos para as candidaturas femininas. Isso envolve não apenas o cumprimento das cotas, mas também a alocação de recursos financeiros e visibilidade para as candidatas. Em conclusão, o papel das mulheres na política brasileira tem avançado, mas ainda há um longo caminho a percorrer. A igualdade de gênero na política não é apenas uma questão de justiça, mas também de fortalecimento da democracia, uma vez que uma representação mais equilibrada reflete melhor a diversidade da sociedade.

 

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