A eleição presidencial iraniana será decidida em um segundo turno entre o conservador Saeed Jalili e o moderado Masoud Pezeshkian, anunciou o Ministério do Interior do Irã neste sábado (29), um dia após a realização do primeiro turno, de acordo com as agências internacionais.
A votação, que definirá o sucessor do presidente Ebrahim Raisi, falecido em um acidente de helicóptero no mês passado, foi marcada pela menor taxa de comparecimento desde a revolução islâmica de 1979. Esta será a segunda vez desde 1979 que uma eleição presidencial iraniana será decidida em um segundo turno, a primeira ocorrendo em 2005.
Mohsen Eslami, porta-voz do escritório eleitoral do órgão, afirmou à imprensa que “nenhum dos candidatos obteve a maioria absoluta” no primeiro turno, resultando na realização de um segundo turno, programado para o dia 5 de julho.
Com base nas 24,54 milhões de cédulas contadas, o congressista e ex-ministro da Saúde Masoud Pezeshkian conquistou 10,41 milhões de votos (42%), enquanto Saeed Jalili, conhecido por sua participação nas negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, obteve 9,47 milhões de votos (38%).
Jalili e Pezeshkian superaram outros candidatos, incluindo o presidente conservador do Parlamento, Mohamad Bagher Ghalibaf, que recebeu 3,38 milhões de votos, e o religioso Mostafa Purmohammadi, que obteve 206.397 votos.
Dos cerca de 61 milhões de eleitores convocados, apenas 24,54 milhões compareceram às urnas, representando uma participação de 40%. A baixa taxa de comparecimento reflete os pedidos de boicote às eleições por parte de alguns oponentes, principalmente da diáspora iraniana.