Em publicação na Rede Social X neste domingo, a ex-mulher do presidente da Câmara Arthur Lira, Jullyene Lins, pede para ser convocada à Câmara dos Deputados para “ouvir o que eu tenho a falar e apresentar sobre o Presidente da Câmara dos Deputados”.
Em resposta a uma publicação do deputado André Janones, Jullyene escreveu:
Eu acredito que nesse momento seria muito mais oportuno um requerimento de urgência para ouvir o que eu tenho a falar e apresentar sobre o Presidente da Câmara dos Deputados, não haverá justiça nem imparcialidade nessa casa enquanto não for apurado tudo o que for necessário para cessar essas chantagens e hipocrisias! Quando à justiça falha o povo clama e vocês precisam nos atender! Essa, é ou não, a casa do povo?
E não é pouca coisa o que Jullyene tem para falar sobre Arthur Lira. A começar pela acusação de estupro, que está censurada por uma informação errada aos juízes. Segundo o desembargador que censurou a reportagem, a acusação não procedia porque uma decisão do STF já teria absolvido o deputado.
Só que a absolvição se refere às acusações de agressão. Segundo Jullyene, ela em juízo teria negado as acusações porque Lira a teria chantageado, ameaçando-a com a perda dos filhos. A decisão é de 2016. A acusação de estupro só foi revelada no ano passado na reportagem da Agência Publica censurada. Mas não é apenas a acusação de estupro que Jullyene tem a mostrar. Em outras reportagens ela denunciou ocultação de patrimônio e esquema de corrupção na chamada Operação Taturana, em Alagoas.
Jullyene Lins diz ter recibos que comprovariam a compra de pelo menos três fazendas em Pernambuco, que são sonegadas por Lira. São contratos de gaveta, que estavam no cofre da casa e que a ex-mulher xerocou e reconheceu firma.