22 de novembro de 2024
estupro

No perfil do X (antigo Twitter) do Hugo Gloss:

Nesta quinta-feira (13), a jornalista Adriana Araújo fez um forte comentário sobre o avanço do projeto que equipara aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, inclusive em casos de estupros. “Os deputados fazem conchavos e aprovam a urgência de um projeto que nem deveria existir. Tratar mulheres estupradas como se fosse assassinas é cruel, é covarde, é tripudiar sobre a dor de meninas porque 60% das vítimas de estupro no nosso país são menores de 14 anos. Sabe quem deve rir com essa ideia e aplaudir os senhores deputados? Os estupradores”, começou a âncora.

Na proposta, a pena para a mulher que realizar o procedimento fica maior do que a prevista para o homem que a estuprou, podendo chegar a 20 anos de reclusão para a vítima e 12 anos para o abusador. Adriana ainda analisou a aplicação de pena de homicídio simples nos casos de aborto em fetos com mais de 22 semanas nas situações em que a gestante provoque o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa lhe provoque. “Se coloque no lugar de uma mulher que, depois das 22 semanas de gestação, descobre que corre risco de vida. Como está no projeto, se essa mulher abortar, ela vai presa, se não abortar, pode morrer. Grávidas, em um momento de imensa angústia, vão ter que escolher a morte ou a cadeia? E os deputados têm a sordidez de dizer que estão defendendo da vida. Tenham vergonha!”, completou.

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil/Arquivo