O PL e a da Federação Brasil da Esperança — formada pelo PT, PCdoB e PV- entraram com recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação do mandato do senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União-PR).
De acordo com a CNN Brasil, os partidos tinham até as 23h59 desta segunda-feira (22) para recorrer contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que absolveu Moro da acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2022.
Traição – O recurso do PL foi visto como uma “traição” por Moro, tendo em vista que Jair Bolsonaro prometeu que tal movimentação estaria fora de cogitação. No entanto, venceu a palavra do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
Saiba mais – No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.
Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
Advogados de Moro defendem a manutenção do mandato e negam irregularidades na pré-campanha. De acordo com o advogado Gustavo Guedes, Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais robusta”, conforme acusam as legendas.
Publicado no site Brasil 247