O número expressivo de votos favoráveis à soltura de Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, comprova a criação de uma Bancada da Milícia na Câmara dos Deputados, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta quinta (11).
Ele disse:
O voto em defesa do acusado de mandar matar Marielle cria a Bancada da Milícia na Câmara dos Deputados. Foi um voto que, despudoradamente, ajudou uma pessoa envolvida abertamente nesse tipo de crime.
Essa bancada nasce grande na Câmara. Apesar de terem sido 129 votos, mas são mais de 200 se somarmos quem votou pela libertação de Chiquinho Brazão com aqueles que se abstiveram e os ausentes. É muita gente; quase metada da Câmara.
Foram 277 a favor, sendo que eram necessários 257. Foi por vinte votos que a Câmara não se jogou naquele alçapão que existe no fundo do poço. Temos que celebrar, mas passou raspando por conta de uma ação direta da Bancada da Milícia.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O que aconteceu
Por 277 votos a 129, e com 28 abstenções, o plenário da Câmara aprovou a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. O PL orientou sua bancada a votar pela revogação, enquanto membros do centrão articularam pela derrubada da detenção.