A seção sindical da ANDES – SN – SINDURCA soltou nota à comunidade nesta semana falando do processo de paralisação dos servidores da instituição e que a luta continua. Informou ainda que dia 15 de abril tem uma audiência de conciliação marcada por determinação judicial e que a entidade vai estar lá para retomar o caminho do diálogo e da negociação franca das pautas da categoria junto ao Governo do Estado e a Reitoria da Universidade.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
A SINDURCA, seção sindical da ANDES – SN na Universidade Regional do Cariri, comunica ao corpo docente, comunidade acadêmica e público em geral, que no dia de ontem o desembargador relator do processo 3001205-34.2024.8.06.0000, no qual a Procuradoria Geral do Estado, em nome do Governo do Estado do Ceará e da Reitoria da Universidade Regional do Cariri, pede a declaração de ilegalidade da greve docente da URCA, deferiu multa diária de 100 mil reais contra o Sindicato, e de 15 mil reais contra a pessoa de cada dirigente da entidade.
A medida, jamais até então vista no Estado do Ceará desde a redemocratização, será respondida pelo Sindicato nos autos do processo. Explica-se que o direito de greve pertence à categoria, e não a uma entidade ou burocracia sindical. Não temos poderes para deflagrar greve nem para pôr fim a ela. Só a categoria reunida em Assembleia Geral, tem poderes para tanto.
No dia 15 de abril, há uma audiência de conciliação marcada para as 15h por determinação judicial. Compareceremos a esta reunião com o ânimo de retomarmos o caminho do diálogo e da negociação franca de nossas pautas junto ao Governo do Estado e a Reitoria da Universidade.
Convocamos, então, Assembleia Geral Docente para o dia 16 de abril, terça-feira, dia imediatamente seguinte à audiência de conciliação, para que a categoria possa ser informada sobre o resultado da audiência, eventuais propostas que nela surjam, e deliberar sobre os rumos da Greve.
Até lá, a Greve Docente da URCA continua obedecendo à manutenção de 30% das atividades docentes essenciais à prestação de serviço público indispensável e inadiável, de acordo com o calendário de mobilização estabelecido pelo Comando de Greve.
Respeitamos a autoridade do poder judiciário e no âmbito do dissídio coletivo instaurado no Tribunal de Justiça por provocação da PGE, em nome do Governo do Estado e da Reitoria da Universidade, reiteramos nossa mais absoluta e sincera disposição para o diálogo, ao mesmo tempo em que igualmente reiteramos nossa firme disposição de defender jurídica e politicamente nossa carreira, nossas melhores condições de trabalho, nosso direito à livre organização e o direito constitucional à greve.