22 de novembro de 2024

 

 

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é mais do que uma simples data no calendário; é um lembrete poderoso da jornada histórica e das conquistas extraordinárias alcançadas pelas mulheres ao redor do mundo. Para compreender a origem desta celebração, é crucial revisitar os marcos importantes, destacando os avanços das lutas das mulheres no mundo e as conquistas no Brasil.

Além disso, bom lembrar que essas lutas das mulheres não param. Se em alguns pontos ou em alguns países podemos registrar avanços em muitos lugares existem retrocessos e muitas dificuldades para vermos com plenitude os direitos das mulheres serem preservados e respeitados.

A data foi sugerida pela primeira vez como Dia Internacional da Mulher em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague e essa data ficou marcada por conta da proposta feita por Clara Zetkin, do Partido Comunista Alemão, que propôs a criação de um dia dedicado às mulheres.

Em homenagem à luta e às conquistas das mulheres, o Dia Internacional da Mulher foi definitivamente instituído pela ONU no ano de 1975, sendo que a escolha do dia 8 de março está relacionada com a greve das operárias russas de 1917.

Após o término da Segunda Guerra Mundial em 1945, a Europa testemunhou uma transformação significativa nos direitos das mulheres. Com a ausência de homens devido à guerra, as mulheres assumiram papéis essenciais na força de trabalho e, ao retornarem à vida civil, buscaram manter esses ganhos. Movimentos feministas ganharam força, exigindo igualdade de salários, direitos reprodutivos e acesso à educação e cargos de liderança.

A criação da Comissão sobre a situação da Mulher pela ONU, em 1946, foi um marco internacional crucial que contribuiu para a promoção dos direitos das mulheres e a conscientização global sobre a importância da igualdade de gênero.

No Brasil, as mulheres também desempenharam um papel vital na busca por igualdade. Na década de 1970, movimentos feministas começaram a ganhar força, reivindicando direitos civis, políticos e sociais confrontando a Ditadura Militar.  A conquista do direito ao voto em 1932 foi um marco inicial, mas a luta continuou para expandir esses direitos e enfrentar a discriminação de gênero em todas as esferas da sociedade.

No ano 2006 foi sancionada a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, que cria mecanismos de proteção à mulher contra a violência doméstica. O nome é uma homenagem à farmacêutica cearense que sofreu violência do marido durante anos.

Nas últimas décadas, o Brasil testemunhou avanços significativos com a implementação de leis para combater a violência doméstica, promover a equidade salarial e aumentar a representação feminina na política e no mercado de trabalho.

Apesar dos avanços, desafios persistem, e o Dia Internacional da Mulher continua a ser uma oportunidade para refletir sobre o progresso feito e inspirar ações futuras. A equidade de gênero não é apenas uma conquista do passado, mas um compromisso contínuo para moldar um futuro mais igualitário e inclusivo para as mulheres em todo o mundo. O respeito à diversidade, a promoção da igualdade e a celebração das conquistas das mulheres são pilares fundamentais para construir uma sociedade justa e progressista.