O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) abriu uma investigação contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) após o escândalo de obras emergências com indício de conluio, ou seja, combinação de preço entre empresas.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo UOL. Segundo levantamento do site, pelo menos 223 dos 307 contratos sem licitação trazem ofertas de combinação de preços entre empresas concorrentes. Apenas em 171 o vencedor apresentou desconto relevante, um dos critérios exigidos por lei para contratos sem licitação. Além disso, do total analisado, em 52 contratos os demais concorrentes apresentaram descontos irrisórios.
Ao todo, foram R$ 4,3 bilhões gastos nessas obras. O crescimento de contratações emergenciais é uma forte característica da gestão Nunes. Ainda de acordo com a publicação, entre 2021 e final de 2023, Ricardo Nunes gastou R$ 4,9 bilhões em contratos emergenciais. O valor supera com folga o gasto total dos últimos quatro prefeitos da capital paulista: R$ 950 milhões (Kassab, R$ 116 milhões; Haddad, R$ 140,7 milhões; João Doria e Covas, juntos, R$ 676,3 milhões).
Publicado no Revista Fórum