Nesta terça-feira (20), os Estados Unidos, mais uma vez, vetaram uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que gerou controvérsias. A embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, utilizou o termo “solução final”, evocando memórias sombrias do regime nazista, para descrever a abordagem que os EUA esperam para o conflito.
“Queremos fazer do jeito certo para criar condições adequadas para um futuro mais seguro e pacífico. E continuaremos engajados com o trabalho duro de diplomacia até que cheguemos a ‘solução final’”, afirmou Thomas-Greenfield em seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, conforme compartilhado nas redes sociais.
O uso desse termo provocou reações e levantou questões sobre sua adequação, considerando sua associação histórica com os horrores do Holocausto. Segundo o Museu Americano do Holocausto, a “solução final para a questão judia” foi um eufemismo utilizado pelas autoridades nazistas alemãs para se referir ao extermínio em massa dos judeus europeus.
Para Vasily Nebenzya, representante permanente da Rússia na ONU, o veto dos EUA à resolução de cessar-fogo em Gaza é interpretado como um sinal de que eles não estão comprometidos com a paz no Oriente Médio.
Fonte: Diário do Centro do Mundo