O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Parolin, fez duras críticas a ação militar que Israel promove contra o território palestino da Faixa de Gaza. Em um encontro com autoridades italianas na última semana, o mais alto representante da diplomacia do Vaticano expressou sua indignação com a situação em Gaza. Ele criticou o elevado número de mortes, que superam 30 mil, de acordo com levantamentos atuais, com a maioria sendo crianças e mulheres.
“O direito de Israel à autodefesa foi invocado para justificar que esta operação é proporcional, mas, com 30 mil mortos, não é”, afirmou o representante do Vaticano.
Líderes de países como Austrália, Canadá e Nova Zelândia também advertiram contra uma possível operação terrestre israelense em Gaza, alertando para as consequências catastróficas, especialmente para os refugiados palestinos na região. Rafah, cidade na fronteira com o Egito, é o último refúgio para cerca de 1,5 milhão de palestinos. Durante a semana, Netanyahu afirmou que deve conduzir uma operação militar na região.
Parolin fez as observações durante uma celebração do aniversário do reconhecimento da Cidade do Vaticano como cidade-Estado soberana. Ele condenou os ataques do Hamas e “todas as formas de antissemitismo”, mas depois questionou se a reação de Israel era apropriada.
Nesta segunda-feira, o governo brasileiro convocou o embaixador de Israel para consultas. A medida ocorre horas depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar o genocídio de judeus durante a segunda guerra mundial, com o que Netanyahu está promovendo em Israel.
Fonte: Mídia Ninja