22 de novembro de 2024

O vereador de Bagé (RS) Lélio Nunes Lopes Filho, conhecido como Lelinho Lopes (PT), denunciou a prefeitura da cidade, de Divaldo Lara (PTB), por não distribuir as cestas básicas enviadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a estiagem no Rio Grande do Sul, em fevereiro do ano passado.

Por meio de suas redes sociais, na quinta-feira (15), Lelinho comunicou que foram encontrados alimentos vencidos armazenados pela Defesa Civil de Bagé em salas de aula de uma escola municipal, “enquanto mais de 2 mil cestas básicas ainda estão pendentes de entrega”.

“Encontramos quatro salas de aula cheias de cestas básicas. Tinha em torno de mil cestas básicas quando nós fomos lá. E nós nos deparamos com várias situações de alimentos vencidos dentro da cesta”, relata Lelinho, em entrevista à Fórum.

O vereador mostrou alimentos vencidos e contaminados no estoque de quase 3 mil cestas básicas da prefeitura de Bagé, que recebeu 10.800 cestas do governo federal durante o período de estiagem para garantir a alimentação da população atingida pelos efeitos do fenômeno climático.

“Lembram da denúncia sobre as 8 mil cestas básicas estocadas? Aproximadamente 3 mil ainda não foram entregues. Para piorar, a prefeitura está armazenando em local insalubre e deixando os alimentos perderem o prazo de validade!”, escreveu Lelinho.

Em partes do vídeo, o vereador exibe dois pacotes de um quilo de farinha de trigo com datas de validades vencidas, previstas para maio e dezembro de 2023, e um pacote de feijão com validade expirada em agosto do ano passado.

“Aí há a presença de praga em grãos. Isso é um baita de um indício de falta de higiene e armazenamento incorreto. Então, só acontece quando um produto é armazenado por muito tempo em um local sem higiene porque um produto contamina o outro”, aponta uma médica veterinária especialista em higiene de alimentos, mantida em anonimato.

No vídeo, também é exibido um pacote de veneno de rato que estaria junto dos alimentos “Armazenar veneno de rato com alimento é completamente errado, é proibido. Pode rolar uma contaminação química no alimento, e se a pessoa consumir o alimento, ela pode correr o risco de sofrer uma intoxicação”, explica a profissional sanitária.

O raticida era aplicado em razão da presença de roedores atraídos pelas cestas repletas de grãos, indicando falhas graves no armazenamento e conservação dos alimentos.

Fonte: Revista Fórum