O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi pródigo em liberar agrotóxicos no mercado brasileiro. O resultado disso foi que em poucos anos ele liberou mais de 2 mil agrotóxicos que servem para envenenar lavouras e animais, e, também nossa comida. Mas um vem chamando a atenção o Fipronil, responsável pela morte de milhões de abelhas contribuindo para desequilibrar nosso meio ambiente.
Agrotóxico é apontado como responsável por morte de milhões de abelhas nos últimos anos
Se você entrar no Google e colocar a frase “morte de abelhas no Brasil” você vai ficar simplesmente espantado. Nos últimos anos um agrotóxico liberado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foi responsável pela morte de milhões de abelhas em nosso território.
E não estamos falando de poucos milhões e isso não é exagero. Estima-se mais de 200 milhões. Há diversas matérias de jornais de vários estados relatando casos de mortes de abelhas por causa do agrotóxico Fipronil.
Um deles aconteceu numa das cidades mais ricas do agronegócio. Foi em Sorriso (MT) que foi o epicentro do extermínio de mais de 100 milhões de abelhas após um avião agrícola passar por plantações de algodão soltando o Fipronil. O caso foi denunciado já que é proibido lançar esse agrotóxico por aviões.
Outro caso se deu na Bahia. Na cidade de Pombal o uso do Fipronil nas lavouras levou à morte de outras 90 milhões de abelhas. O caso foi denunciado pela Cooperativa de Agricultores de Ribeira do Pombal. A aplicação desse agrotóxico simplesmente atingiu 32 produtores de abelhas dessa região.
E um outro caso foi em Santa Catarina no ano de 2019. Foram 50 milhões de abelhas mortas. Testes custeados pelo Ministério Público estadual indicavam que os agentes causadores eram agrotóxicos usados em propriedades vizinhas. Porém, a falta de um protocolo para notificação e análise ágil das amostras dificultava a comprovação. As melhorias recentes no processo de atendimento às ocorrências permitem afirmar hoje que os episódios de maior mortalidade estão relacionados ao inseticida Fipronil, aplicado em plantações de soja. Dois anos e oito meses depois daquele extermínio, Santa Catarina tornou-se o primeiro do Brasil a restringir o uso desse inseticida.
Matéria publicada na Folha de São Paulo recentemente apontou que há ainda casos em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Para lembrar. A morte de abelhas não causa prejuízos apenas aos produtores e a uma determinada região. As abelhas fazem a polinização das flores, ou seja, ao buscar alimento nas flores, o pólen gruda facilmente nos pelos da abelha e, assim, ela transporta esse pólen para a parte feminina de outras flores, polinizando-as. E assim, permitindo a reprodução das flores e dos alimentos. É um animal fundamental para a vida na terra.
Outro fato é que a política neoliberal aplicada por Bolsonaro e o incentivo à agrotóxicos que fazem mal à vida humana, e à própria agricultura e obviamente ao agronegócio, prejudica a produção, a economia e a saúde de todos. O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro liberou 2.182 agrotóxicos entre 2019 e 2022, o maior número de registros para uma gestão presidencial desde 2003, segundo dados da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura. Um desmantelo que prejudica o Brasil, produtores e a sociedade.
FIPRONIL
Empregado principalmente contra formigas e cupins, o Fipronil também tem como alvos o bicudo do algodão, a larva-alfinete no milho, a lagarta-elasmo na soja. O agrotóxico também é usado de forma doméstica, como mata-moscas e em coleiras de cães e gatos contra pulgas e carrapatos. Esse uso indiscriminado vem causando, de forma geral, um massacre de polinizadores, conforme alerta o professor Marcos Pędłowski da Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes (UENF), que pesquisa o tema.
Fontes para esse texto: site G1, Embrapa e Rede Brasil Atual