A 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas 2023 que se realiza no dia 7 de setembro está sendo preparada e já chega em sua reta final. No Brasil inteiro, encontros foram realizados para articular o movimento que neste ano pergunta: “você tem fome e sede de quê?”. Em um momento em que o Brasil passa por um processo de reconstrução a Igreja Católica, movimentos sociais, comunitários e populares do campo e da cidade, pastorais, entidades e a sociedade de forma geral param para debater em todos os espaços possíveis o inalienável direito do ser humano a uma vida digna.
O Grito dos Excluídos e Excluídas 2023 se prepara com milhares de mãos e movimentos
Mais um Grito dos Excluídas e Excluídas vai acontecer no dia 7 de setembro. Desde a realização do primeiro Grito no ano de 1995 até os dias atuais já são agora a 29 edições e que neste ano pretende reunir Brasil afora milhões de pessoas em torno de um debate fundamental que é a luta pela vida.
Em carta publicada em julho deste ano Dom José Valdeci Santos Mendes, do Maranhão, e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nos alerta que “o lema do 29º Grito dos Excluídos e Excluídas 2023 nos indaga e nos convida a refletir “você tem fome e sede de quê?”, abre a possibilidade de enraizar nossa escuta cada vez mais. Adentrar pelos becos e favelas no campo e na cidade para, em mutirão, respondermos a essa pergunta e ao mesmo tempo buscar soluções”.
Diz ainda: “O Grito, enquanto construção coletiva, nos ensina que só com a participação popular, de baixo para cima, é que podemos discutir e encontrar as soluções. Nesses 29 anos do Grito dos Excluídos e Excluídas continuamos lutando para que a vida esteja sempre em primeiro lugar. E para isso nossa fome e sede de justiça precisam ser saciadas com a fartura e a generosidade que nosso povo tanto nos ensina”, conclui em seu texto.
O Grito dos Excluídos e Excluídas 2023 é muito mais do que uma articulação, o Grito é um processo, é uma manifestação popular carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos.
A proposta não só questiona os padrões de independência do povo brasileiro, mas ajuda na reflexão para um Brasil que se quer cada vez melhor e mais justo para todos os cidadãos e cidadãs. Assim, é um espaço aberto para denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão.
Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do movimento, está a de fazer um contraponto ao Grito da Independência. O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e ecoou em 170 localidades. Ele teve como tema “A vida em primeiro lugar” e, a cada ano, o Grito tem um tema diferente, nacional, que pode ser utilizado regionalmente, a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos.
Fonte: Textos retirados do site da Diocese de Joinville, do site da CNBB e do site do Grito dos Excluídos e Excluídas.