22 de novembro de 2024

A mídia corporativa brasileira sempre espalhou a fake news de marajás no serviço público como regra nas estatais e órgãos públicos brasileiros, bem como, de que somos um país onde servidores que nada fazem e são muitos, excedendo o necessário. Nada mais mentiroso.

Esse mito ou discurso reacionário contra os servidores brasileiros foi alimentado sempre pela direita brasileira e agora, pela extrema-direita. Em 1989, o então governador de Alagoas, Fernando Collor surgiu como salvador da pátria e caçador de marajás, que eram os tais “perversos” servidores públicos. Esse discurso pode até ter quem acredite nele, mas não é a realidade.

Não podemos esquecer ainda que o maior ataque ao serviço público e aos servidores foi planejado no governo fascista de Jair Bolsonaro. A tal reforma administrativa foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e retira direitos e destrói o serviço público brasileiro pode ser colocada na pauta por Artur Lira, o neoliberal de plantão e de ocasião e que quer apoio empresarial para dar um passo na escada de destruição do estado brasileiro.

A verdade é outra. Em primeiro lugar é preciso resistência da sociedade brasileira à tentativa de destruição de estatais, do serviço público e da retirada de direitos dos servidores. Mais ainda, não há servidores sobrando no Brasil. Os números são outros.

Dos 91 milhões de trabalhadores brasileiros, apenas 11,3 milhões, ou 12,45%, atuam no setor público. Referência global do liberalismo econômico, os Estados Unidos têm mais servidores públicos do que o Brasil, com 13,55% funcionários do estado entre a massa trabalhadora do país.

O Chile, usado como laboratório pelos Estados Unidos para implementar políticas liberais durante a ditadura de Augusto Pinochet, tem 13,10% de servidores entre os trabalhadores. O país é citado pelas reformas liberais, que reduziram o peso do Estado.

O Brasil também fica atrás dos países europeus que optaram pela social democracia, como Noruega (30,22%) e Suécia (29,28%) e da média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 23,48% do total de trabalhadores.

Fonte: Portal Vermelho