A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) rebateu nesta quarta-feira (31) uma acusação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o político acusou o movimento de ter ligação com o narcotráfico.
Caiado classificou o MST como uma “facção criminosa” e afirmou que em Goiás “todo mês é verde e amarelo”. “Lá não tem mês vermelho”, disse, referindo-se à cor símbolo do movimento.
Sâmia reagiu e citou que o governador tem familiares que já figuraram na “lista suja” do trabalho escravo no Brasil. “Ele acusa o MST de uma série de barbaridades, mas esqueceu de dizer que seu tio, Antônio Ramos Caiado, está na lista suja do trabalho escravo, que foram encontrados quatro trabalhadores em situação análoga à escravidão dentro da sua carvoaria”, rebateu a parlamentar.
Em 2014, Antônio Ramos foi incluído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na atualização da relação de empregadores flagrados com trabalho escravo. O nome do pecuarista não consta mais no sistema.
A deputada acusou Caiado de querer flexibilizar o licenciamento ambiental “para agradar seus familiares”. Sâmia ainda citou Emival Caiado Filho, primo do governador, que “responde a uma série de inquéritos por depredação ambiental, por desrespeito aos direitos humanos.”
Publicado no DCM
