22 de novembro de 2024

Escândalos e situações bizarras envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados não param de ser revelados. Nesta sexta-feira surgiu a informação de que o major reformado Ailton Barros – preso na Operação Venire por participar do esquema de fraude de vacinas – é tido como “morto” pelo Exército, pelo menos para efeito da pensão da esposa. Segundo o portal da Transparência, Marinalva Leite da Silva Barros recebe R$ 22 mil brutos por mês de pensão (R$ 14 mil líquidos).

A explicação é que, como Barros foi expulso do Exército em 2006, por cometer infrações e delitos seguidamente, sua mulher, para efeitos legais, é como uma viúva. Por isso, ela recebe a pensão. A previsão seria do estatuto das Forças Armadas.

A previsão é de que a punição do militar expulso da corporação não deve atingir os dependentes. Desse modo, se ele pagou a contribuição quando estava na ativa, o dependente imediato recebe a pensão prevista para ele receber. Marinalva é identificada como “viúva” de Ailton Barros.

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O ex-militar e hoje advogado está envolvido na fraude da vacina, que o levou à prisão pela Polícia Federal. Fora a fraude e a aposentadoria da “viúva”, o “morto” foi também identificado em áudios em que se dirige a Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – propondo um golpe de Estado.

“Fora das quatro linhas”
Na fala, o bolsonarista diz que “se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”. Em seu plano delirante, ele previa até a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas, tem que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele”, argumentou o ex-militar junto a Cid.

Porém, como se vê, deu tudo errado e quem está preso hoje é o próprio Ailton Barros.