Na noite da última quinta-feira (2) tomou posse a nova presidenta da Fundação Nacional de Artes, a Funarte, Maria Marighella. Pela primeira vez em sua história, a entidade será presidida por uma mulher negra. A cerimônia aconteceu na Sala Cecília Meireles, no centro do Rio de Janeiro.
O evento, chamado de “As Artes Tomam Posse!”, traz uma promessa de mudanças não só nos gestores da instituição, mas também uma reconstrução das políticas culturais e artísticas do país. Na ocasião, a nova presidenta prometeu uma relação mais direta da Funarte com o povo, respeitando a diversidade nacional.
“A nossa tarefa coletiva, que será feita por muitas mãos, tem um grande desafio logo de saída: retomar a Funarte às vésperas de seus 50 anos, restaurar por dentro e por fora dela o respeito aos servidores e servidoras, aos trabalhadores das artes e ao povo brasileiro. Frente aos ataques do último período, à censura e à perseguição, além de políticas para as artes brasileiras, faremos a defesa do processo de memória, verdade, justiça e reparação. Nós refundaremos o país com a força da cultura e das artes brasileiras”, disse a presidenta.
Durante seu discurso, Marighella ressaltou também a importância das políticas públicas como disseminadoras de cultura para pessoas que têm pouco ou quase nenhum acesso a esse direito. A Funarte é responsável por fomentar as diversas formas de arte e cultura no país, como artes visuais, música, dança, teatro, circo, entre outras.
“Nós estamos aqui para fazer política pública, porque arte e cultura estão em toda parte, o que não chega muitas vezes é a política pública. Cultura é um direito, um direito previsto na constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, acrescentou.
A presidenta ainda lembrou as dificuldades enfrentadas pelos artistas durante a pandemia “em um contexto político de país muito devastador” e a criação das leis Aldir Blanc, Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo, de incentivo à cultura.
publicado no site Vermelho