21 de novembro de 2024

Íris Tavares – Historiadora e Escritora.

Estávamos em meados da década de 1990, quando fiz minha escolha partidária pelo PT. O primeiro e o único partido que continuo filiada até os dias atuais. O que motivou a minha filiação foi a identidade com as bandeiras de lutas que deu notoriedade ao PT, além do fato de que o partido possui um Estatuto digno e a altura de uma organização que representa a classe trabalhadora. O que mais me tocou foi essa elaboração que define o partido como uma representação dos interesses da classe trabalhadora, um partido socialista e anticapitalista, cuja associação voluntária de cidadãos e cidadãs se propõem a lutar por democracia, pluralidade, solidariedade, transformações políticas, sociais, institucionais, econômicas, jurídicas e culturais, destinadas a eliminar a exploração, a dominação, a opressão, a desigualdade, a injustiça e a miséria, com o objetivo de construir o socialismo (Art. 1º). O PT é um partido de massa e se constituiu como o maior partido de esquerda no contexto da América Latina. As boas experiências do governo petista, no legislativo e no executivo, foram suficientes para arregimentar toda a direita social do Brasil, e por último o movimento fascista com o verniz do nacionalismo, juntos orquestraram uma campanha de norte a sul do país para criminalizar o partido e desmoralizar seus principais dirigentes.
Nessa última década, a direita jogou pesado contra o PT. Que tal contabilizarmos os segundos mediáticos de pancadão ao partido? Senão, vejamos o publieditorial dos maiores veículos de comunicação que passaram a escrever nas suas colunas de opinião tudo quanto não presta e um pouco mais do ruim sobre o PT. Ah! essa imprensa joga seus holofotes sem nenhum pudor ou ética, contra o seu alvo. Conhecemos essa história. Mesmo assim esse partido tão combatido, tão rasgado nos meios de comunicação de massa conseguiu sobreviver a esse massacre. Um massacre que levou a detenção, por mais de um ano, do maior dirigente e figura pública do partido que foi e é o atual Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva. O PT tem uma história que nos emociona e nos enche de orgulho, mesmo considerando os possíveis equívocos e dificuldades nas relações politicas e na condução de algumas políticas públicas. O PT tem maturidade e experiência suficientes para reavaliar o caminho da concertação para reconstrução do Brasil. Não duvidem! Penso que o Presidente Lula deu o maior exemplo de humildade, dignidade e coragem que nós petistas e brasileiros esperávamos. É bom evidenciar que o maior patrimônio do PT é a sua militância aguerrida e convicta dos grandes desafios que a sociedade tem para superar. São companheiros/as valorosos/as com dedicação as questões sociais, desde o combate ao racismo, todas as formas de violência, a LGBTFOBIA, a fome, a pobreza e extrema pobreza, a inclusão das juventudes, direitos humanos, justiça ambiental entre outros conflitos tão presentes nesse sistema econômico movido pelas desigualdades. Salve o PT e aqueles e aquelas que mantém a chama revolucionária que fará florescer a Nova Primavera.