21 de novembro de 2024

Depois de mais de dois anos que um bolsonarista se aboletou na prefeitura da cidade de meu padrinho Cícero, temos motivos e razões de sobra para indagar e questionar sobre o desmando e o descaso em relação as políticas públicas.

Que gestão é essa? E o que faz por aqui? É lamentável e nos causa indignação a ausência do poder público em setores estratégicos da nossa querida urbe, senão vejamos. A situação do Memorial Padre Cícero que desde a pandemia COVID 19, permanece fechado. O equipamento que guarda a memória histórica da vida e do maior milagre, cujo testemunho fez de Juazeiro a meca da fé do nordeste brasileiro. Sabemos do abandono pelas portas cerradas e a situação inadequada de preservação do todo o acervo. Que desleixo! Mais não para por aí, pois temos nessa lista do descaso a reforma da Biblioteca Municipal que se arrasta por mais de três longos anos, importante ressaltar que a nossa biblioteca pública faz parte do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará (SEBP-CE), e dispõe de um rico acervo que, segundo as declarações dos gestores, não há com que se preocupar porque o acervo está bem acomodado. Será? Atentamos que essa reforma custou aos cofres do Estado mais de meio milhão de reais.

A uma constante inquietação entre os produtores culturais e os profissionais da arte, pois a política de editais que viabiliza o Ciclo de Reis (agenda cultural), passa por um desmonte. Este ano o Ciclo não teve editais e nem contemplou os territórios de terreiros.

A fome tem sido imperiosa na cidade santa, mesmo assim a gestão bolsonarista não hesitou em manter fechado por três anos o Restaurante Popular. São três anos sem serviço de alimento acessível a população. Quanto as cozinhas comunitárias, urge que se faça uma ampliação desses equipamentos. A fome tem pressa.

Temos uma situação critica no serviço de saúde. Enfatizamos os longos seis anos da obra do Hospital Infantil Maria Amélia, previsto para ser entregue no ano passado, entretanto continua um mistério a conclusão da obra e a garantia do acesso ao serviço de saúde para os nossos infantes. O que temos é uma concentração de serviços dentro do Hospital Stephania que é um prédio velho e sem estrutura adequada para comportar essa demanda.

Retomamos as nossas indagações. Que gestão é essa e o que faz por aqui?

Íris Tavares – Historiadora e Escritora.